Father John Misty em Lisboa - 2017
Father John Misty vai atuar em Lisboa já no próximo dia 20 de novembro. O concerto no Coliseu dos Recreios encerrará uma longa digressão que passou pelos Estados Unidos, Canadá, México, Austrália, Japão e por vários países europeus. Neste regresso a Portugal (já atuou no Teatro Municipal de Vila do Conde em 2012 e nos festivais NOS Alive! no ano passado e Vodafone Paredes de Coura em 2015), Misty estará acompanhado pela sua banda habitual e por uma secção de cordas e sopros. O espetáculo promovido pela Everything is New está inserido nas comemorações dos 15 anos da rádio Radar e os bilhetes mais baratos custam 26€.
Sob o pseudónimo de Father John Misty, o norte-americano Josh Tilman assumiu-se como uma das grandes revelações da música alternativa. Esta é sem dúvida a etapa mais exuberante de uma carreira que começou de forma discreta em 2003 (oito álbuns em nome próprio) e que ganhou fôlego quando passou a ser baterista dos Fleet Floxes a partir de 2008.
Tudo mudou quando se reinventou como Father John Misty, transformando-se num dos artistas mais brilhantes da sua geração mas nem por isso menos polémico, seja quando admite o seu consumo de LSD, seja quando comenta outros artistas através das redes sociais. Pretensioso para uns, genuíno para outros, este homem nascido há 36 anos em Maryland promete voltar a encantar o público português com o seu folk rock, cuja essência está nas harmonias vocais mas sobretudo nas palavras, plenas de jogos de sombras e de um humor provocante. As suas reconhecidas qualidades como letrista levaram-no inclusivamente a escrever canções para artistas tão improváveis como Beyoncé e Lady Gaga.
“Pure Comedy”, novo álbum editado no passado mês de abril e que agora apresentará em Lisboa, foi em boa parte escrito ao piano e é na sua opinião o álbum mais otimista que já fez, meditando sobre o amor e a condição humana com um humor mais satírico do que nunca. O alinhamento do concerto também incluirá certamente temas do disco de estreia “Fear Fun” (2012) e do aclamado “I Love You, Honeybear” (2015). A julgar pelos espetáculos mais recentes será menor a probabilidade de tocar alguma das suas versões de canções de artistas como Leonard Cohen, Tom Petty, Arcade Fire, John Lennon, Cat Stevens, The Kinks, Tim Heidecker ou Nirvana…
A primeira parte do concerto estará entregue ao folk suave de Weyes Blood, projeto da californiana Natalie Mering, que já colaborou com Ariel Pink e que regressa a Portugal com 3 álbuns na bagagem, o último dos quais (“Front Row Seat to Earth”, de 2016) foi apresentado há cerca de um ano na ZDB.
