Cut Copy

Pouco mais de uma década depois os Cut Copy regressaram ao Coliseu dos Recreios em Lisboa. O quarteto, desta vez feito trio, dada a ausência do guitarrista, Ben Browing, por motivos de doença, veio apresentar o seu mais recente álbum, o sexto da carreira, designado “Freeze, Melt”.

Numa fase inicial apenas com poucas dezenas de pessoas, o recinto foi enchendo até se estabilizar em algumas centenas de espectadores. Um verdadeiro reencontro da banda com os fãs. Uns mais sérios, que recordavam o concerto anterior com o Coliseu cheio e outros mais casuais, que estavam ali porque os “Cut Copy são fixes”, como se ouvia comentar pelos corredores de acesso ao recinto.

Os australianos, cuja matriz se centra no pop-eletrónico, com justas reminiscências no new wave e projeção no indie rock, mostraram-se satisfeitos por estar em Lisboa. Este foi mais um dos concertos que sofreu vários adiamentos devido à pandemia. Tim Hoey chegou mesmo a confessar que Lisboa era o seu sítio favorito. “Ah! Dizem isso a todas!”, pensamos imediatamente enquanto um sorriso jocoso nos inunda o rosto. Não obstante, sabemos que Lisboa é linda e o público português é conhecido por receber de forma calorosa os artistas.

O alinhamento começou com “Standing In The Middle Of The Field”. Dan Whitford, o vocalista, levantava energicamente os braços para entusiasmar o público.

Os aclamados álbuns In Gost Colours e Zoonoscope continuam a ser a matéria-prima para os seus concertos. “Feel The Love”, “Take Me Over” e “Out There On Ice” foram alguns dos temas interpretados.

“Lights And Music” protagonizou o ponto alto do concerto com toda a gente a dançar de telemóvel em riste para capturar o momento. Do novo álbum foram interpretadas “Cold Water” e “Like Breaking Glass”.

Referência também para os temas “Saturdays”, “Sun God” e “Need You Now” que concluiu o alinhamento principal.

Lugar ainda a um encore em que foram interpretadas “Running In The Grass” e “Hearts On Fire” tema que encerrou, com chave de ouro, o espetáculo.

Um concerto com sonoridades muito dançáveis que, apesar de ter sido servido a uma hora tépida, das 20h30 às 22h00, foi crescendo em entusiasmo até ao fim e proporcionou um bom momento a todos os presentes.