Reportagem The Weeknd em Lisboa

Depois de uma primeira passagem no Primavera Sound Porto em 2012, um concerto no Nos Alive 2017 e uma pandemia, Abel Tesfaye estreou-se em Portugal em nome próprio.

Com toda a pompa e circunstância, foi perante um Passeio Marítimo de Algés esgotado, que The Weeknd inciou a tour europeia de “After Hours til Dawn”.

Com um palco que representa uma cidade em caos e uma estátua de uma mulher robótica (da autoria de Hajime Sorayama) a lembrar o cenário do filme “Metropolis” de Fritz Lang, o espectáculo começou uma dezena de bailarinos dançando e percorrendo a enorme língua que unia o palco a uma lua gigante.

Abel começa a marcar o ritmo com “Take My Breath” e a partir daí Algés tornou-se uma autêntica pista de dança. Foram mais de trinta canções, entre elas os hits “Can't Feel My Face”, “Starboy”, “The Hills”, “Party Monster”, “Out of Time”, “I Feel It Coming”, “Call Out My Name” ou “Save Your Tears”.

O púbico sabia as canções de cor e salteado e respondia com energia a todas demonstrações de amor do cantor e nem a chuva nem o vento que se fez sentir em alguns momentos fizeram os fãs de The Weeknd desanimar.

De salientar que o som estava muito bom, melhor que na última atuação do artista no nosso país, mas o palco era um palco de estádio e apesar de se conseguir ver o concerto de qualquer parte do recinto, este palco merecia mais, merecia uma envolvência que fizesse o espetáculo de luzes brilhar mais. Ainda que tenha sido bonito ver a coordenação da música com as pulseiras de luz que haviam sido distribuídas à entrada do concerto.

Para o fim ficou “Blinding Lights” que fechou o concerto com chave de ouro, mas que soube a pouco, pois tantos os fãs como nós ainda tínhamos energia para dançar mais.

À terceira foi de vez!