Reportagem Air - Coliseu dos Recreios
Passados que estão agora quase quatro anos desde a última vez que assentaram pé em terras lusas, estão de volta ao palco que haviam partilhado com os Fischerspooner e os Digitalism em 2007.
À entrada de George Pringle, o Coliseu estava quase preenchido. Não nos deixemos levar por nomes, Georgina Richards-Pringle, é uma performer londrina que se serve do GarageBand para mostrar a sua música. Para o público presente, esse básico foi bastante evidente. As músicas eram de uma coerência particular, às vezes confusa e não fizeram com que o Coliseu se movesse muito.
Infelizmente foi também a situação em que os Air viram a sua actuação. Ao entrar em palco, sem necessidade de apresentações, deram início ao concerto com aquilo que parecia ser Space Maker, masque se transformou em Do the Joy, em jeito de apresentação do último álbum. Ainda com Love 2, seguiu-se So Light is Her Footfall e o “samba” de Love. O concerto revestia-se já de uma pequena aposta em fundos suaves, quando foi a altura de Venus, surgiu a imagem do grande planeta, e tornaram-se desnecessárias apresentações de Talkie Walkie. Jean-Benoît Dunckel afemininava a sua voz.
Cherry Blossom Girl e Playground Love (em intrumental, a adquirir o nome de Highschool Lover) fizeram também parte uma setlist morna.
Não seria de surpreender que os lisboetas escolhessem estes franceses como a banda sonora de uma vida. Be a Bee foi um dos pontos mais mexidos de toda a noite, e ainda assim, era difícil arrancar colaboração do mar de gente que se juntou nos Recreios.
Depois de How Does it Make You Feel?, Nicolas Godin passou a um registo bilingue com Alpha Beta Gaga. Mesmo que quiséssemos acompanhar os assobios, o som demasiado alto impedia que os lisboetas se fizessem ouvir.
A encerrar uma primeira parte, Kelly Watch the Stars saída de Moon Safari (álbum cuja falta se fez sentir) fez o Coliseu explodir em palmas. De regresso, SexyBoy e Heaven’s Light foram o adeus.