Reportagem Apocalyptica
Os finlandeses Apocalyptica estão de volta a terras lusas, onde encontraram uma Aula Magna muito bem composta, e ansiosa para os receber.
Encarregues de abrir o espectáculo estiveram os londrinos Livingston. Banda esta que ainda teve direito a aplausos e apoio por parte do público, mas sem o devido enquadramento com o estilo musical desta noite. Os britânicos, liderados por Beukes Willemse ainda conseguiram mostrar que têm talento e bons temas para mostrar, com “Broken”, “Disease” e “6x4”, mas sem dúvida esta não foi a melhor ocasião para se apresentarem ao público português.
Às 22:00, com pontualidade britânica e de regresso à capital, os aguardados Apocalyptica entraram em palco com muito pouca luz, e com ensurdecedores aplausos, enquanto soava o ínicio de “On The Rooftop With Quasimodo”, tocada de forma sublime. Seguiram-se “2010” e “Grace” durante a qual Paavo Lotjonen “levantou” todo o público, que muito raramente se voltaria a sentar desde então.
Oportunidade perfeita, para com o público português ainda em polvorosa tocar uma versao de “Master Of Puppets” dos Metallica. Público aqui com um papel fundamental, cantando a plenos pulmões. Após “I’m Not Jesus”, com Tipe Johnson a cantar a letra originalmente interpretada por Corey Taylor, foi a vez dos “Sepultura” verem o seu clássico “Refuse/Resist” tocado pelo quarteto. A plateia da Aula Magna estava ao rubro, e todo o concerto se veio a desenvolver com uma fluidez muito natural, mesmo tendo em conta que a meio do espectáculo os Apocalyptica se dedicaram a sinfonias mais suaves.
Os Apocalyptica viriam a deixar o palco pela primeira vez após tocarem “Seek And Destroy” dos Metallica e “Inquisition Symphony” dos Sepultura, mas não sem antes referirem que os presentes “foram abençoados com uma belíssima cidade”.
Com a plateia a pedir o regresso dos artistas ao palco, os Apocalyptica voltariam debaixo de uma chuva de aplausos, para terminar a noite com “At The Gates Of Manala”, “I Don’t Care” e “Hall Of The Mountain King” de Peer Gynt.
Concerto sublime, onde ficou patente o virtuosismo, simpatia, profissionalismo, e amor pela música destes quarto finlandeses tão queridos em Portugal.