Reportagem Best Coast no Lux Frágil
A discoteca Lux foi o local escolhido para acolher o regresso da banda californiana Best Coast. No dia 19 de Abril, pelas 22h, já se reunia uma pequena multidão que foi crescendo atè às 22h30, hora a que os Iconoclasts entraram em palco.
A banda portuguesa soube como cativar o público e os seus traços de pós-rock encheram os ouvidos de todos os presentes. Temas como Speedway revelaram ter potencial e a energia dos membros passava para lá do palco.
Durante o intervalo entre bandas, notaram-se algumas dificuldades na configuração do som dos instrumentos de Best Coast que provocaram um ligeiro atraso no horário do espectáculo. Problemas à parte, a banda entrou e logo a vocalista Bethany Cosentino cumprimentou todos e agradeceu por terem vindo. Bratty B deu início a um concerto que seria marcado, mais que qualquer outra coisa, pela péssima qualidade de som advinda de um mau arranjo prévio.
A vocalista repetiu a música após ter dado algumas indicações que melhoraram ligeiramente o som. Apesar disso, o mesmo continuava longe de aceitável. Wish He Was You seguiu-se, antes de Crazy For You, uma das preferidas dos fãs que encheram o local. Bethany fez questão de frisar como era a primeira vez que os Best Coast tocavam num sítio só para si, mencionando o concerto dado no ano passado em Paredes de Coura, no palco secundário. Os seguidores da banda estavam recordados e mostraram o seu apreço durante todo o concerto, através de gritos e palmas efusivas.
Com sons que lembram os anos 90, a música dos californianos enreda por vários caminhos diferentes; as letras simples e a voz pop da vocalista contrapõem-se ao som da guitarra, criando temas interessantes que cativam o público com uma simbiose energética.
Os espectadores tiveram direito a uma música fresquinha, Gone Again, entre outras mais conhecidas cuja letra não falhava aos fãs, tais como Summer Mood ou Boyfriend, tendo esta última sido dedicada pela vocalista a todos os presentes. Houve também tempo para momentos mais calmos, providenciados por temas como Our Deal e ainda uma cover da That’s the Way Boys Are, de Loretta Lynn.
Conforme o concerto decorria, o som permanecia bastante mau e as músicas começaram a soar todas ao mesmo, mas Something In the Way veio trazer novo fôlego, antes de um breve encore.
De volta ao palco, Each and Every Day foi a escolhida para finalizar o espectáculo. Com direito a uns minutos de puro instrumental, o tema acabou com palmas e um coro entre os fãs e Bethany, que se despediu com emoção dos presentes.
Como nota final, não posso deixar de reiterar que o som teve grande peso na avaliação de um concerto que poderia ter sido muito melhor caso os problemas técnicos não tivessem existido. Valeu o esforço da banda em tentar ultrapassar isso e presentear os fãs com a sua boa-disposição, energia e humor.