Reportagem Blink 182 em Portugal
A multidão delirava e nem queria acreditar que finalmente presenciava a presença do trio em Portugal. A banda fez questão de compartilhar a emoção e retribuir com os temas mais desejados
A estreia dos Blink-182 em Portugal teve lugar no Pavilhão Atlântico no dia 21 de Julho de 2012, já volvidas duas décadas desde a formação da banda, em 1992. Por isso mesmo, viram-se várias gerações de fãs presentes no recinto para receber a banda norte-americana.
Para abrir, os escolhidos foram os All-American Rejects, que contaram com bastantes admiradores no público, como foi possível ver em temas como “Dirty Little Secret” ou “Gives You Hell”, que encerrou o concerto. Ainda que com alguns esquecimentos da letra pelo meio e palavrões a mais à mistura até para uma banda destas, o público vibrou e ficou mais que preparado para a actuação que verdadeiramente tinham vindo ver.
Os Blink-182 entraram em palco pelas 21h. O palco foi colocado a meio do recinto e chegou para o público que acorreu ao Pavilhão Atlântico. A plateia estava quase cheia, mas as bancadas estavam a meio-gás, repletas de espectadores que viram o concerto inteiro sentados, levantando-se apenas nas mais conhecidas.
Na bagagem, vinha o último trabalho, “”, de 2011. Ouviram-se alguns dos temas do álbum, mas a festa foi verdadeiramente feita durante as mais antigas, como “Feeling This” (que abriu o espectáculo depois do cair da enorme cortina), durante a qual se pôde comprovar a devoção dos fãs, que entoaram a letra toda sem falhas. “The Rock Show” ouviu-se bem cedo e seguiu-se da entrega de um bandeira nacional a Tom, que a colocou de imediato numa coluna ao lado de Travis. A multidão delirava e nem queria acreditar que finalmente presenciava a presença do trio em Portugal. A banda fez questão de compartilhar a emoção e retribuir com os temas mais desejados – “What’s My Age Again” provocou um verdadeiro tumulto, por entre moshpits, saltos e até crowdsurfs.
Enquanto Mark passeava pelo palco, provocando os fãs e fazendo piadas sobre o tamanho de certas partes do corpo de Tom e outros atributos de Travis (o único que esteve calado o concerto inteiro, concentrado exclusivamente na bateria), os fãs cantavam em alta voz temas como “I Miss You” ou “Dumpweed”. Foram atiradas várias peças de roupa para os pés de Mark, que fez questão de as recolher e fazer alguns conjuntos.
Uma vez mais, o público português recebeu elogios: pelos vistos, tanto as mulheres como os homens portugueses são bem mais atraentes que as mulheres em Madrid. Após “Always”, Mark apresentou Travis, que iniciou um curto drum solo, levando os espectadores ao rubro. Ouviram-se por duas vezes os primeiros acordes da “Seven Nation Army” (que fazer, é um verdadeiro hino e será ouvida em concertos e estádios até o aparecimento de outra tão ou mais viciante e apropriada), aos quais o público rapidamente se juntava com os seus coros perfeitamente sincronizados.
“First Date” manteve os fãs entusiasmados antes de “Heart’s All Gone”, que levou a um solo de baixo por parte de Mark. Mas foi durante “Man Overboard” que a banda da California percebeu que «Lisboa é completamente doida!» (palavras de Tom). Após “Ghost on the Dance Floor”, Mark cantou parte do refrão da “Baby”, de Justin Bieber, a quem Tom gostaria de dar um banho de espuma, revelou mais tarde o guitarrista.
Com o bom humor sempre presente, os Blink-182 conseguiram manter os fãs contentes durante todo o concerto. Durante “All the Small Things”, não havia quase ninguém sentado e a actuação dos espectadores valeu-lhes um «melhor público da tour», que chegava com este concerto ao fim. “Josie” foi dedicada aos presentes e seguiu-se o encore. No regresso, vinha Travis sozinho, que suou as estopinhas durante o seu drum solo, durante o qual se ouviu o seu tema – “Can a Drummer Get Some?”. Largaram-se bolas pela plateia e a loucura tomou posse do recinto, a cada batida dos tambores e pratos.
Entraram então Mark e Tom em palco mais uma vez e de imediato se ouviu “Carousel”, uma das favoritas. Por entre palmas, coros e saltos, entrou em cena “Dammit” e a grande final protagonizada por “Family Reunion”, para a qual ninguém se esqueceu ou enganou na letra (foi feito um teste por Mark e o público passou com distinção). Choveram papelinhos e tinha chegado ao fim a estreia dos Blink-182, que manifestaram vontade de voltar um dia. O público aplaudiu e saiu naturalmente feliz de um concerto marcante que muitos não irão esquecer tão cedo.
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sábado, 20 dezembro 2014