Reportagem ClaschClub @ Sá da Bandeira - 14 de Fevereiro
Review ClashClub - Sá da Bandeira - Fotos
Foi no dia dos namorados que o Teatro Sá da Bandeira recebeu a segunda edição do Clashclub. Apesar de não ter conseguido a afluência do primeiro evento a noite prometia. O cancelamento de Mr. Oizo há cerca de duas semanas foi determinante para o número de pessoas presente e fez cair a responsabilidade da noite para Vicarious Bliss.
Os portugueses Twin Turbo inundaram o teatro com um electro forte, dominador e orelhudo, deixando uma certa pena, pois grande parte do seu set foi atirado a uma pista vazia. Apesar disso, e como já foi referido, apresentaram um set consistente, demonstrando o porquê de conseguirem abrir as mesas de mistura para grandes nomes e de actuarem em festivais tão importantes como o Paredes de Coura.
Por volta das 2h30 da manhã, DatA, oriundo de França, tomou conta dos pratos no palco do Sá da Bandeira. Passado pouco tempo, o público já se encontrava na sua mão. Passando por clássicos como Alan Braxe & Fred Falke, Chemical Brothers e Vitalic, e pela nova vaga da electrónica liderada pelos Justice, conseguiu criar uma nuance saudável, misturando Justin Timberlake e Donna Summer no meio do seu electro de eleição, conseguindo uma resposta bastante efusiva por parte dos espectadores. Com apenas 22 anos, DatA deixou a marca do seu talento na noite do Porto.
Foi com DatA ainda na mesa de mistura que o cabeça de cartaz entrou em palco. Envergando uma t-shirt da sua editora, a Ed Banger (que de resto tem vindo a fornecer bastantes dos nomes que passaram e vão passar pelo Clashclub), Andy Gardiner começou o seu processo de sedução. Puxando ovações e oferecendo “shots” ao público procurou fazer jus ao seu estatuto de cabeça de cartaz, algo que provou merecer ao longo da sua actuação. Passando pelo electro, pelo french touch, pelo techno e por algum rock, Vicarious Bliss apresentou uma consistência admirável, não largando a mão dos presentes durante um único segundo.
Coube a Dilemn a tarefa de terminar a noite, entrando em palco por volta das 6h da manhã. Apresentando-se sob a forma de live set, este francês manteve-se maioritariamente dentro do electro e do techno, optando por uma prestação segura. Mesmo com um público já em debanda e uma pista de dança a esvaziar, este jovem oriundo de Toulouse não desiludiu, fechando a mesa de mistura numa nota alta.
Depois de mais um sucesso, só nos resta esperar que a próxima edição, que já conta com D.I.M. e Don Rimini e que se realiza a 3 de Abril, também o seja. Mr. Oizo e The Proxy vão estar na edição do próximo dia 16 de Maio, e Boys Noize dia 10 de de Junho.
Marco Castro