Reportagem ClashClub @ Sá da Bandeira
Review ClashClub - Sá da Bandeira - Fotos
Com a entrada do novo ano, verificou-se o nascer de uma nova proposta da noite portuense, o Clashclub. Trazendo consigo um leque de nomes familiares no universo da música electrónica, como SebastiAn e Shitdisco, é de esperar que o evento dê uso às pernas que, aparentemente, tem para andar.
Com uma pista ainda um pouco despida, a noite começou com os Fritus Potatoes Suicide a realizarem o que já nos habituaram. Lançaram-se num set recheado de electro com toques de french touch e de maximal, fugindo, por vezes, por alguns caminhos mais techno. Sem permitirem que o público presente reduzisse o seu ritmo, foram assistindo à enchente do teatro, que, na altura da sua saída, já se encontrava bastante mais preenchido. Uma prestação respeitável de um duo que nos tem vindo a habituar a representar bem no mundo da música electrónica.
De seguida, foi a vez dos escoceses Shitdisco entrarem em palco. Em formato de DJ Set, e pela segunda vez na invicta, trouxeram-nos uma prestação algo mediana. Tecnicamente não apresentam um som muito imaculado, nem realizam transições muito intrincadas, apresentando mesmo alguns fracassos a esse nível, com um toque algo amador e despreocupado. Foi impossível evitar o pensamento que, muito provavelmente, a sua actuação teria sido mais interessante em formato de banda, pois os seus temas new rave iriam incendiar o público e evitar quebras e lapsos, situação que se verificou repetidamente durante o tempo que lhes foi fornecido para actuarem no Clashclub.
Passada a flacidez dos Shitdisco, foi a vez de SebastiAn tomar o leme da mesa de mistura. Amplamente esperado por toda a massa que se deslocou ao Teatro Sá da Bandeira, numa noite onde também existia um Clubbing nas redondezas, não desiludiu. Afinal de contas, não seria de esperar outra coisa de um dos poster boys da Ed Banger Records. O seu set passou essencialmente pelo electro agressivo que o tornou conhecido, mas com alguns desvios sónicos para o hip hop de Pharoeh Monch, ou para o big beat dos Prodigy. Passou também pelos incontornáveis Daft Punk, pelos seus compatriotas e companheiros de editora Justice e pelo veterano (e cabeça de cartaz da segunda edição do Clashclub) Mr.Oizo. Uma prestação sólida e extenuante, perante um Teatro Sá da Bandeira com uma moldura humana extremamente respeitavel, que acompanhou SebastiAn com uma enxurrada de aplausos e gritos eufóricos durante todo o seu espectáculo. Com uns laivos de rock star, erguendo a mesa de mistura bem alto, SebastiAn abandonou o palco com a sua missão cumprida.
Resta aguardar pelas próximas edições deste novo evento, e esperar que corram tão bem como a que passou. Sem dúvida uma forte aposta dentro do nicho electrónico portuense.
A próximo edição do Clashclub terá lugar no dia 14 de Fevereiro, com a participação de Mr. Oizo, Vicarious Bliss e Twin Turbo.
Marco Castro