Reportagem Gogol Bordello - Lisboa
Gogol Bordello são festa cigana, cabaret, “punk rock”, música do leste europeu e tudo o mais que nos lembrarmos, com uma pitada de teatro, espontaneidade e caos q.b. Vem-nos à memória as bandas sonoras de filmes de Emir Kusturica contudo revestidas de maior rebeldia.
Novos, velhos, progenitores e respectiva prole, mascarados ou não, estavam todos presentes. Gogol Bordello e sua “trupe” ofereceram o que desejávamos, o que nos levou a sair de casa em noite fria e chuvosa e rumar ao Campo Pequeno: FESTA! E assim foi, uma grande festa recheada de temas frenéticos que nos fizeram pular e dançar até exaustão.
Che Sudaka, uma banda argentina – colombiana sediada em Barcelona, protagonizaram a primeira parte do espectáculo. Apresentaram o seu álbum “Tudo é possible” e conquistaram o público, uma banda a seguir.
Após 20 minutos de espera Gogol Bordello entram finalmente em palco."Tribal Connection" e “Ultimate” iniciaram o espectáculo, seguido de “Not a Crime”que levou a plateia ao “mosh” e ao “crowd surf”. O novo álbum “ Trans-continental Hustle” esteve muito presente em todo o alinhamento. O colectivo apresentou oito temas do disco. Destaque para “Last One Goes The Hope” que tem um toque de samba, "Immigraniada (We Comin’ Rougher)", “Trans-continental Hustle” que dá o nome ao disco e “Break The Spell” que protagonizou o momento mais “hard-rock” da noite.
Temas como “Wonderlust King” e“American Wedding”, “Pala Tute” e o já familiar “Start Wearing Purple” que encerrou o alinhamento, levaram o público ao rubro.
Os novos temas já foram acompanhados pela plateia o que indica que o novo disco já tem a aprovação do público português. Este que a banda, como tantas outras, fez questão de acarinhar. Eugene Hutz que vive no Brasil há alguns anos, falou na língua de Camões, ainda que com sotaque e bebeu vinho durante o concerto, com vinho português por certo.
Mas o concerto estava longe do seu fim. Gogol Bordello, já conhecidos pela sua energia em palco, voltaram para mais 45 minutos de música, “Think Locally”, “Sun Is On My Side”, momento mais calmo da noite seguido de “Mishto” e “Alcohol”.
Depois de um concerto em tons festivos, o final foi de arromba, Che Sudaka regressam ao palco e juntos com Gogol Bordello cantam o tema "Mala Vida".