Reportagem Guano Apes em Portugal
Desde o início da sua carreira que os Guano Apes são presença assídua em Portugal e mais de 15 anos passados desde a edição do seu primeiro disco “Proud Like a God” (1997), eles continuam a ter fãs bastante fiéis.E foi por aí que eles começaram o concerto, abrindo as hostes com “Carol and Shine”, a primeira música do álbum “Proud Like a God”, seguiu-se a potente “You Can't Stop Me” com Sandra Nasic a puxar pelo público.
Depois do ambiente aquecido é tempo de mostrar “Fake”, do novo álbum “Offline” (editado em Maio deste ano). Uma música mais pop rock, que não aqueceu nem arrefeceu, mas em compensação, a música seguinte “Sunday Lover” do álbum de 2011, "Bel Air", foi bem mais interessante que em disco.
Deste alinhamento fizeram também parte momentos calmos como “Hey Last Beautiful” e “Fanman”. Voltando ao rock, “Like Somebody”, deste último álbum funcionou bastante bem ao vivo e o público pareceu bastante animado. Mote perfeito para a subida ao palco de Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero), que cantou “Quietly” com os Guano Apes. Depois, foi a vez de Bruno Macedo, na guitarra, e Nuxo Espinheira, no baixo, se juntarem a Miguel e com Sandra Nasic tocarem “I Will Take You Home”, música de "Kill Drama" (o último disco dos Blind Zero).
Com o fim próximo houve ainda tempo para “Numen”, “All I Wanna Do” e “Open Your Eyes” cantada em uníssono e claro, um dos pontos altos da noite, ou não fosse essa música que tornou os Guano Apes numa referência dos anos 90.
Já no encore, 'Close To The Sun' do novo disco e a belissíma “Big In Japan”, um orginal dos Alphaville ao qual o Guano Apes deram uma roupagem mais rock aquando do seu “Don't Give Me Names” de 2000. Já no segundo encore tivemos a poderosa “Lez” e claro, “Lords of The Boards” a fazer saltar mesmo aqueles que resistiram o concerto todo.
O concerto na Sala Tejo pode não ter estado a abarrotar, longe disso, mas o público composto por maiores de 25 anos era aquele que queria voltar a sentir um pouco da sua adolescência e apesar de os Guano Apes já não tocarem a maioria das músicas velhinhas, a paixão continua lá.
Por isso, mesmo que numa terça-feira à noite, os verdadeiros fãs irão sempre vê-los. Eu confesso que esperei 15 anos para vê-los e saí de lá satisfeita.
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sábado, 20 dezembro 2014