Reportagem Helloween em Lisboa
Todos aqueles que se deslocaram à Sala Tejo da Altice Arena presenciaram um momento histórico e algo único nas suas vidas. Alguns dos mais velhos fãs dos Helloween terão visto a banda ainda com Michael Kiske e Kay Hansen, há uns longos 30 anos, quando a mítica banda alemã abriu para os Iron Maiden, no Dramático de Cascais. Como é sabido o grupo continuou sempre no ativo, sem esses dois importantíssimos membros, e durante todo este tempo passou algumas vezes por Portugal, mas desta feita regressaram com esses dois lendários músicos que regressaram à banda, por isso o interesse do público foi ainda maior.
Estavam reunidas as condições para uma noite inesquecível na Altice Arena e tal aconteceu, com os Helloween a darem um concerto de mais de duas horas e meia, recheado de clássicos que estão no imaginário de qualquer fã de heavy e power metal. Comparativamente, por exemplo, ao espetáculo que deram há somente dois anos no Vagos Metal Fest, ainda sem Kiske e Hansen, o alinhamento foi mais rico e extenso, com uma dezena de temas dos clássicos Keeper of the Seven Keys Part I e Part II.
Desde o início com a interpretação em conjunto do tema épico "Halloween", que se percebeu uma notória química entre Kiske e Deris que dividiram, com ótimo resultado, as despesas vocais nesse e em vários outros temas. Ambos tiveram direito a brilhar sozinhos como em "I'm Alive", por exemplo, tema no qual Michael Kiske conseguiu mostrar que o seu vozeirão mantém-se intacto passados todos este anos. Andy Deris também esteve muito bem nas "suas" "If I Could Fly", "Perfect Gentleman" e "Power", entre outras. Kai Hansen, agora reunido com a banda a qual fundou, também deu uma perninha na voz em temas que terão agradado de sobremaneira os fãs da fase inicial do grupo, como no medley dos temas "Starlight", "Ride the Sky" e "Judas" bem como na "Heavy Metal (Is the Law)". Mas Hansen brilhou sobretudo na guitarra, mostrando estar a divertir-se ao tocar novamente nos seus Helloween. É importante referir que os três cantores da história dos Helloween cantaram juntos "Pumpkins United", música que gravaram em 2017, aquando da reentrada de Kiske e Hansen nos Helloween. O há muito falecido Ingo também não foi esquecido, com Michael Ehré a emular de forma muito competente, um solo de bateria de Ingo que deu ao mesmo tempo no ecrâ que se encontrava atrás no palco.
A Sala Tejo não esgotou mas contou com imenso público, que se mostrou incansável ao cantar vários dos clássicos deste agora septeto que irá fazer história, novamente, ao lançar um novo álbum em conjunto no ano de 2020.
Nessa altura e tendo em conta o grande sucesso deste concerto, o público português estará pronto a voltar a receber o grupo germânico.
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Organização:Turbina
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terça-feira, 11 dezembro 2018