Reportagem Holly Throsby @ Aula Magna
Quinta-Feira, 8 de Outubro, a Aula Magna abre portas a um evento que iria receber, pela primeira vez em Portugal, a artista australiana Holly Throsby.
É com um tímido “Boa noite” que Holly, fazendo-se acompanhar da sua amiga e artista Bree Van Deyk, dá início ao espectáculo. Com uma voz límpida e sedutora, passeamos pelo 1º tema “To Begin With” e o leve dedilhar da guitarra acústica, aliada a uma voz frágil e delicada, deixa no ar a ideia de que, provavelmente, não haveria melhor forma de começar o seu concerto.
Segue-se “Under the Town” que, segundo a própria, relata a história de um cão morto. Passado o momento nostálgico, Holly dirige-se ao público português dizendo: “Estou feliz por estar convosco”, isto, após ter referido que pretendia aprender algumas palavras em português. Esta forma de aproximação por parte da cantora/compositora parece cativar o público português, a julgar pelas reacções que se fizeram sentir.
A artista que já trabalhou com nomes como New Buffalo, Andrew Bird, e Bonnie “Prince” Billy, transporta-nos para 2004 com o seu álbum “On Night” e delicia-nos com o tema “Things Between People”, referindo que o escreveu na altura em que vivia nos subúrbios de Sidney com os amigos.
É nesta fase que Holly se dirige para o orgão, com um início a fazer lembrar The National. A sua voz ecoa pela sala de mãos dadas com os arranjos de percussão e acordeão dados pela sua companheira de palco. Estamos com “On Longing”, e o público rende-se.
Seguem-se “Some Nights are Long”, “A Widow’s Song” e “We are good people but why don’t we show it?”, passando ainda por um cover bem interpretado de Fred Neil com “A Little Bit of Rain”.
“Do you like old fashion romance?”. É com esta frase, e o esboçar dos primeiros acordes de “Now I love someone” (música que integra o anúncio da Sumol Bliss), que o público reage mais efusivamente, notando-se que o mesmo se tinha dirigido a esta sala com o propósito de a ouvir.
Um leve chilrear de pássaros… e inicia-se “Up with the birds”, seguida de “Making a fire” e “The Time it takes”.
O concerto termina com uma música que Holly escreveu aquando de uma viagem pelo interior da Austrália, e deixando a promessa de um regresso.