Reportagem LCD Soundsystem em Lisboa
Eram três as datas agendadas para o regresso dos LCD Soundsystem a Lisboa. Depois de uma passagem triunfante em 2016 pelo Vodafone Paredes de Coura, a banda liderada por James Murphy tomava de assalto o Coliseu dos Recreios para o encerramento da tour Europeia.
Dizem que no meio é que está a virtude, talvez por isso muitos foram os que optaram pela segunda parte da trilogia. Já esgotado há muitos meses, o Coliseu, ao som de um dj set servido por Shit Robot, foi ficando rapidamente repleto e fazia os primeiros alongamentos para o prato principal, que seria servido um pouco depois das 22h.
Tal como American Dream, também o concerto da segunda noite arrancou com “Oh Baby”, que conseguiu transportar para o palco o mesmo sentimento de início de jornada que estava presente no álbum. Falando desse mesmo palco, estávamos perante uma nave espacial de maquinaria musical, onde causava a sensação de estarmos inseridos num autêntico estúdio.
A desculpa da visiva talvez fosse American Dream, mas viagem prosseguiu com paragens obrigatórias na restante discografia. “You Wanted a Hit”, “Get Innocuous“, “Daft Punk Is Playing at My House”, “Yeah” ou “Someone Great” eram êxitos que não podiam ficar de fora. Para aqueles que não resistem em acompanhar os acontecimentos da tour, e gostam de ficar em cima dos temas que têm sido apresentados, a maior surpresa acabou por ser a inclusão de “New York, I Love You But You're Bringing Me Down“, que encerrou o main set.
James Murphy tinha avisado para não nos preocupamos, a banda iria apenas recuperar fôlego para o quarteto final que se seguia no encore. Ao som de “Spanish Flea” de Herb Alpert, também nós aproveitamos estes minutos para aterrar e refletir sobre o que tínhamos assistido.
Depois de “How Do You Sleep?”, “Emotional Haircut” e “Dance Yrself Clean” ainda existia alguma energia reservada para a aclamada erupção musical de “All My Friends”, onde a famosa bola de espelhos brilhou pela última vez.
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segunda-feira, 25 junho 2018