Reportagem Machine Head em Lisboa
Os dias 7 e 8 de fevereiro foram seguramente marcos importantes para os fãs portugueses dos Machine Head. A banda liderada por Rob Flynn regressou ao nosso país, mais propriamente aos Coliseus do Porto e Lisboa para dois concertos de caráter mais intimista.
Ao contrário de outros espetáculos que os Machine Head deram em festivais e em nome próprio com bandas de suporte, desta feita, a presente tour "An Evening With Machine Head"; está a levar o grupo a vários países, sem bandas de abertura e com uma setlist bem mais alargada comparativamente ao habitual. A banda tocou durante sensivelmente duas horas e meia, nada mais nada menos que vinte músicas, no concerto em Lisboa, tendo a oportunidade de apresentar temas de todos os seus oito álbuns, para uma plateia repleta de fãs de todas as fases do conjunto norte-americano.
Pese embora a longa duração deste concerto, o mesmo esteve repleto de pontos altos e temas icónicos da banda e o público mostrou-se incansável e entusiasta do princípio ao fim. Faixas como "Imperium", "Beautiful Mourning", "Now We Die", "Bite the Bullet" e "Locust" deram início a um concerto explosivo, tendo cumprido a missão de "aquecimento" dos presentes. Rob Flynn, em seguida, decidiu presentear o público com dois temas mais "old school": "From This Day" que fez a plateia saltar e cantar e "Ten Ton Hammer" que tornou o headbanging inevitável naquela sala de espetáculos. "Elegy" acalmou um pouco os ânimos mas o clássico "The Blood, the Sweat, the Tears" e a veloz "This Is The End" despertaram novamente os seguidores da já veterana banda norte-americana, que conta com vinte e quatro anos de carreira.
Estávamos por esta altura a meio do concerto e era agora o momento do público respirar um pouco e assistir a um solo de guitarra de Phil Demmel. Após a demostração de virtuosismo do músico, Robb Flynn entrou em palco, e antes de tocar "Darkness Within", fez questão de afirmar que o concerto dos Machine Head, no Rock In Rio Lisboa, em 2008, foi um dos melhores da carreira da banda. Após este apontamento de Flynn, foi a vez de Dave McClain mostrar os seus dotes ao público com um enorme solo de bateria. Seguiu-se assim o regresso às músicas poderosas com "Bulldozer", a mais recente "Killers & Kings" e talvez o clássico dos clássicos "Davidian".
O espetáculo até podia ter terminado aqui que acabaria em grande mas a boa música prolongou-se por mais tempo do que seria espectável num concerto normal. "Descend the Shades of Night", "Now I Lay Thee Down", "Aesthetics of Hate" (com a habitual dedicatória a Dimebag), "Game Over", "Old" e "Halo" deliciaram os fãs da banda e terminaram da melhor forma uma atuação para mais tarde recordar.
Em altura de Carnaval, com as ruas de Lisboa a registarem muita animação com muitas pessoas mascaradas, no Coliseu dos Recreios a diversão foi outra. Nesta famosa sala de espetáculos lisboeta, repleta de fãs dos Machine Head, houve a celebração do Metal!
-
Organização:Everything is New
-
terça-feira, 23 fevereiro 2016