Reportagem Mad Caddies
Foi o Incrível Almadense, Cacilhas, Almada, que reuniu, dia 8 de Outubro, inúmeros fãs de Mad Caddies, para um concerto inesquecível. As bandas portuguesas Humble e Fitacola foram as escolhidas para dar início ao espectáculo.
Perto das 21h30, Humble entraram em palco, perante uma sala ainda a meio gás. Não obstante, a boa disposição invadiu o espaço e as inibições saíram porta fora. Temas como “Too Much” e “S.O.S.” proporcionaram momentos de verdadeira festa, a culminar na invasão de palco (encorajada pela banda) durante “Laptop”.
Seguiam-se Fitacola. A legião de fãs da banda fez-se notar entre moshpits e entoações das músicas a plenos pulmões. Apresentaram o novo álbum, “Caminhos Secretos”, e incluíram ainda alguns temas mais antigos, para agrado do público, tais como “Só Uma Vez”. O novo single, “Outros Dias” já estava bem decorado por muitos fãs e a banda terminou com uma cover da “Cai Neve em Nova Iorque”, de José Cid.
Era então tempo da banda principal pisar o palco. A sala estava apinhada e o barulho foi ensurdecedor quando os Caddies entraram em cena. Apesar do seu último álbum de originais datar de 2007, os californianos continuam a ser uma das bandas preferidas do público português, dentro do género ska.
Foi com “Lay Your Head Down” que se deu início ao que seria uma noite de verdadeira loucura. Na ausência de seguranças ou grades, os fãs começaram uma série de subidas ao palco para depois se lançarem em crowdsurfs. “Villians” incitou ainda mais à festa e, enquanto alguns dançavam (inclusive por breves segundos em cima do palco), outros abriam caminho para chegar à frente. A varanda estava cheia e mesmo nesse espaço mais apertado se dançava e saltava.
Temas como “Reflections” ou “State of Mind” conseguiram abrandar o ritmo por breves instantes, mas, tal como o público, a banda queria diversão. Assim, “Monkeys” ou “Tired Bones”, seguidas, voltaram a elevar o ambiente à euforia, revelando serem algumas das preferidas.
Eduardo Hernandez conseguiu a atenção dos presentes enquanto passeava e seduzia, munido da sua habilidade com o trombone. Ao seu lado, Keith Douglas dava igualmente ares de mestria com o seu trompete, para delírio dos fãs posicionados mais perto de ambos. Do outro lado, Sascha Lazor alternava entre guitarra eléctrica e banjo, chegando-se ao pé do público acompanhado dos seus sons cativantes.
Para as senhoras presentes, Chuck Robertson anunciou “Spare Change?” e “Backyard”, antecendendo a mais acelerada “Drinking for 11” e “Weird Beard”, em tom de cantoria de taberna, dedicada aos marinheiros portugueses. “Road Rash” trouxe o desvario de novo à sala, seguida de “Souls For Sale” e “Coyote”, claramente uma das preferidas, entoada em sintonia na perfeição.
Seguiu-se o encore, mais parecendo que o Incrível ia abaixo, enquanto palmas e bater de pés ressoavam pela sala, pedindo à banda que voltasse. A vontade foi feita e Chuck perguntou de imediato qual das duas o público preferia: «fast or slow?». A resposta foi unânime e o ritmo ganhou velocidade de novo. O final teve como protagonista “All American Badass”, a escolha ideal.