Reportagem Mariza - Lisboa
Na fria noite de dia 29 de Novembro Mariza apresentou o seu último álbum “Fado tradicional”, no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Quando as luzes se apagaram e o pano subiu pudemos ver o ambiente intimista de uma casa de fados recriado em palco: pequenas mesas com pouca luz e pessoas a assistirem. É assim que iniciamos a viagem pelo novo álbum que nos remete às raízes do fado.
Uma viagem guiada por uma voz inconfundível, Mariza, e pelos quatro músicos: Ângelo Freire, na guitarra portuguesa; Diogo Clemente, na guitarra acústica; José Marinho Freitas, no baixo; e Vicky Marques, percussão. Músicos, estes, que brilham com as melodias tocadas, às quais é impossível ficar indiferente em cada concerto; já Vicky só pode brilhar em temas de Terra já que nas raízes do fado não se ouvia percussão.
É notória a diferença deste novo espectáculo, a animação a que estamos habituados foi trocada pelos sentimentos, pela ida ao passado, às ruelas de Lisboa, às tabernas onde se cantava o Fado, à “Taberna de Mariza” – o nome do espectáculo.
No alinhamento pudemos ouvir temas do novo álbum, como: As meninas dos meus olhos; Boa noite solidão; Na rua da solidão; Fado Vianinha; Meus Olhos Que por Alguém; Ai Esta Pena de Mim. E temas que já conhecíamos, como: Meu fado meu, Rosa Branca; Fado primavera. O tema Promete jura foi interpretado em conjunto com o fadista Artur Batalha.
Mariza foi aplaudida de pé numa acolhedora noite. Mas ainda havia tempo para um encore onde Mariza levou ainda mais longe a ideia da taberna e cantou acompanhada apenas com as guitarras e em conjunto com Artur Batalha sem amplificação, e assim, em plenos pulmões, presenteou os presentes.
Para encerrar a noite Ó gente da minha terra que pôs o Coliseu a cantar.
Como era de esperar, foi uma grande noite, uma caixa de recordações que nos envolveu de sentimentos.