Reportagem Max Tundra @ PlanoB
Na passada sexta feira, o britânico Max Tundra tomou de assalto as mentes de todos os presentes no Plano B com a sua atitude idiossincrática e algo excêntrica, apresentando-se com um entusiasmo imenso, apesar de uma sala relativamente vazia.
Foi com o intuito de demonstrar o seu último álbum, intitulado Parallax Error Beheads You, que Ben Jacobs se deslocou ao nosso país (já tendo passado por Aveiro e Lisboa), tocando um grande punhado de músicas deste trabalho durante o concerto. Contudo, Mastered by Guy at The Exchange, álbum de 2002, não caiu no esquecimento, tendo sido possível ouvir bastantes temas desta obra prima de uma sonoridade singular e muito exclusiva ao próprio Max.
Começando a actuação com um clip de um anúncio publicitário bastante kitsch, Ben deixou claro que gosta extremamente das suas músicas, saltando, dançando e pedindo ao público para se aproximar de si. E apesar da já referida ausência de uma massa humana respeitável, foi possível sentir que os que se encontravam presentes na pequena sala de concertos estavam bastante contentes e extasiados com a perícia deste pequeno inglês. Facto que não é de admirar, pois o palco ia ganhando o aspecto de um recreio, por onde passaram teclados, guitarras, microfones de brincar, melódicas, xilofones, livros de letras tradicionais e mais uma panóplia de pequenos engenhos que constituem os retalhos das peças modernas que são as músicas de Max Tundra.
Tocando “Until We Die”, tema de onze minutos com alguns toques de prog rock, e anunciando a abertura da sua loja de merchandising de uma forma algo cómica, Ben Jacobs deu por terminado o seu concerto. E fê-lo com uma nota extremamente positiva, quer pelo seu esforço e devoção ao material apresentado, quer pela atitude com que presenteou toda a gente que se deslocou ao pequeno bar portuense para o ver.
Agora só nos resta esperar que o seu próximo album não demore tanto tempo a sair da fornalha e que nos visite com mais regularidade.