Reportagem Orelha Negra no Hard Club

O projecto de Funk/Soul/Hip Hop de Cruz, Mira Professional, Ferrano, Gomes Prodigy e Rebelo Jazz Bass mais conhecido por Orelha Negra esteve no passado dia 22 no Hard Club, Porto.

Após terem encerrado as Jornadas da Juventude, em Braga, regressam 4 meses depois ao norte do pais; desta vez no Porto, para um concerto no Hard Club há muito ansiado pelo público da invicta.

Com a Sala 1 lotada o concerto previsto para as 22h acabou por se atrasar, para sorte daqueles que esperavam na fila da bilheteira por mais alguns bilhetes para o espetáculo que se havia esgotado. Na espera, o público que se encontrava na sala tiveram a oportunidade de ouvir algumas faixas da mais recente mixtape, lançada na semana passada.

Podemos dizer que Orelha Negra é para miúdos e graúdos, tendo em conta a diversidade geracional, demonstrando que este projeto chega aos ouvidos de pessoas de todas as idades, conseguindo seduzir qualquer amante da música, do adolescente acompanhado pelos pais ao homem executivo de fato e gravata.

Escusado será dizer que a expectativa era altíssima e mal entraram em palco, os músicos foram recebidos com um enorme aplauso e assobios retribuídos com saudações ao público através de um solo de MPC com samples bem ao estilo de Sam the Kid aka Samuel Mira aka Mira Professional, dando o mote para “Viva Ela” um dos seus temas mais conhecidos do último álbum. Viajando um pouco pelo reportório de dois álbuns e uma mixtape denotou-se que publico vibrou com temas intensos como “M.I.R.I.A.M.” e “Throwback”.

Mas o concerto não se ficou pelos temas originais, Orelha Negra surpreendeu o público tocando faixas clássicas de culto como “Simon Says” de Pharoahe Monch, “Ante Up” de M.O.P. mas não bastando, ainda deliciaram os ouvidos dos presentes quando “recriaram” algumas das mais conceituadas músicas de Hip Hop nacional de algumas das bandas mais conhecidas do panorama, tendo destacado Mind a Gap, com temas como “Falsos Amigos”, “Todos Gordos” e “Dedicatória” destes mesmos, “Ryme Shit Abala” de Chullage e “Canal 115” de Valete.

O espectáculo acabou com a banda a despedir-se do seu caloroso publico atirando alguns cd’s e com um gesto carinhoso para com o clube de futebol da cidade beijando um cachecol deste mesmo o que agradou bastante (quase) todos os presentes.

Superadas as expectativas, o Porto ficará à espera da próxima visita dos lisboetas à cidade do Porto.