Reportagem Scorpions em Lisboa
Já vai longe a ocasião em que os míticos Scorpions resolveram efetuar uma tour de despedida. Falamos do ano de 2011, em que os fãs da banda liderada por Rudolf Schenker e Klaus Meine esgotaram o MEO Arena, para ver a suposta última vez do grupo em Portugal. Felizmente tal não se verificou porque a banda alterou os seus planos continuando a lançar álbuns e fazer digressões pelo mundo. Voltaram novamente a solo nacional em 2014, para felicidade dos seus seguidores, e agora marcaram o ponto outra vez em Lisboa, desta feita como parte de uma tour de comemoração de uns impressionantes 50 anos de carreira.
Mais uma vez o público marcou presença em grande número, quase enchendo a sala de espetáculos, tendo presenciado um enorme concerto de rock algo já habitual dos Scorpions. Estes mostraram que estão aí para as curvas e tocaram os clássicos habituais, que mais uma vez se mostraram intemporais.
Entre os temas mais emblemáticos da banda germânica notou-se a ausência de "Holiday", mas nada que retirasse brilho a um concerto, em que os seus intervenientes, pese embora a sua idade já algo avançada, interpretaram os seus temas com a excelência e alma exigidas, fazendo jus à qualidade dos mesmos e conquistando o público com relativa facilidade.
Três temas mais recentes pertencentes ao último álbum de estúdio dos Scorpions, também foram apresentados ao vivo, com claro destaque para "We Built This House" que resultou da melhor forma neste contexto. Músicas marcantes como "Make It Real", "The Zoo", "Always Somewhere", "Send Me an Angel", "Wind of Change", "Dynamite", "Blackout", "No One Like You", "Big City Nights", "Still Loving You" e "Rock You Like a Hurricane" que fazem parte não só dos "greatest hits" dos Scorpions mas também da vida de muitos dos presentes, talvez por isso o êxito deste concerto terá sido garantido.
Só o facto destes temas terem sido tocados valeu o preço dos bilhetes, não tendo sido necessário nenhum acontecimento extraordinário para que este concerto se tenha tornado em mais um inesquecível na vida destes fãs. Talvez tenha sido o último mas foi enorme. Facto relevante a referir foi a presença do não menos lendário Mikkey Dee (Motörhead) na bateria, que substituiu sem qualquer problema, quer neste concerto quer na digressão, o carismático James Kottak, que ficou de fora derivado a problemas de saúde.
Resta saber se os mais velhos Klaus Meine e Rudolf Schenker que contam com 68 e 67 anos de idade, respetivamente, presentearão os fãs do grupo alemão com mais uma presença no nosso país. Pela boa forma que ainda demonstram, seguramente que ninguém se importará de os voltar a ver.
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Organização:Everything is New
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sexta-feira, 22 novembro 2024