Reportagem Skunk Anansie @ Col. Recreios
Nove anos depois Skunk Anansie estão de volta e o Coliseu dos Recreios foi pequeno para tanta gente nesta noite de 3 de Novembro em que a Everything is New nos trouxe mais um concerto simplesmente inesquecível.
Esta banda britânica separou-se há 8 anos mas voltou agora com um greatest hits “Smashes and Trashes”, álbum que contem as músicas mais emblemáticas da banda mas também três novos temas. Para acompanhar o lançamento estão a fazer uma tour europeia e Portugal foi o país escolhido para a estreia hoje em Lisboa e amanhã no Porto.
Para abrir esta noite a primeira parte coube aos Chemists, que estiveram bem e foram um bom preparativo para o que vinha a seguir.
A espera para este concerto foi de anos e a expectativa era grande. A diferença de idades e de estilos presentes era imensa. É bastante interessante como a música desta banda chega a tão diferentes pessoas. Para fazer crescer a tensão um poderoso drum’n’bass serviu de introdução ao concerto. Os músicos entraram finalmente em palco, dão os primeiros acordes e Skin aparece, num pulo, com um fato no mínimo invulgar.
Desde o início que a energia era gigante, a vocalista tem uma presença em palco brilhante e deixa qualquer um cansado. É incrível como consegue manter a mesma energia do princípio ao fim e ter uma performance de voz tão perfeita, cheia de variações, com registos completamente diferentes e complicados afinadíssimos. Pode-se dar ênfase, também, à comunicação com o público e de como é bom ver como conseguimos fazer chegar o nosso carinho pela banda à mesma.
Todos os músicos são muito bons e fazem com que fiquemos colados às suas performances: Ace, na guitarra, com uma performance sem falhas onde os efeitos reinam e fazem o seu som ser perfeito para esta banda; Cass, no baixo, é simplesmente um monstro, quando começa a tocar deixa todos sem palavras, é muito bom mesmo; Mark Richardson, na bateria, é bastante sólido, tem muito poder sendo um baterista de rock excelente; Skin, na voz, é inexplicável, é muito boa, uma voz excelente, performance muito energética.
As músicas tocadas fizeram o público ficar ao rubro. Pode-se ouvir temas como: “Selling Jesus”; “Charlie Big Potato”; “I can dream”; “Weak and Twisted”; “Brazen”; e “Squander” e “Because of you” do novíssimo album. Nos dois encores, pode-se ouvir, por vezes mais cantadas pelo público que por Skin, “Hedoism (just because you feel good)” e “You’ll follow me down”, numa versão mais calma para acabar. Tanto o palco como o vestido da vocalista mostravam bem a busca pelo futuro, um desejo da banda.
O som estava bastante bom e para completar o espectáculo, as luzes estiveram muito bem.
Esperamos vê-los em breve para mais um concerto memorável.