Reportagem The Atomic Bitchwax no Porto

Depois de terem sido cabeças de cartaz na edição de 2014 do SonicBlast Moledo e de visitarem Portugal em 2015 (tocando também no Cave 45), os The Atomic Bitchwax continuaram a sua relação saudável o público português, com a ajuda dos Jesus The Snake.

A banda de Vizela tem pouco mais de um ano de existência, quanto sabemos, mas não é algo que se note em demasia no decorrer do concerto. Têm já no currículo uma colaboração com o SonicBlast Moledo e embora se note que falta afinar alguns pontos – sendo a incorporação dos sintetizadores provavelmente a mais sentida-, mostram muito potencial.

Os The Atomic Bitchwax continuam muito iguais a si mesmos. Nestes 3 anos que se passaram desde o SonicBlast Moledo, arrisco-me a dizer que pouco terá mudado. Isto sem juízos de valor, pois com certeza que para algumas pessoas isso será algo de positivo enquanto que para outras será sinal de estagnação. A realidade é que a vertente Stoner Rock do Rock Psicadélico nunca foi particularmente reconhecida como revolucionária, pelo menos não nas últimas duas décadas depois do boom “inicial”.

Alguns músicos do género recusam a nomenclatura, dizendo que o Stoner em Stoner Rock implica a necessidade de drogas para disfrutar a música e que isso é um desrespeito para os músicos. Os The Atomic Bitchwax abraçam o rótulo, fazendo inúmeras menções a drogas durante o concerto.

Mais uma vez, as covers são uma parte integrante do alinhamento. “In the Flesh” e “Pigs”, ambas faixas dos Pink Floyd, quase que pontuam as músicas originais que brilharam mais com a ajuda do público como em “So Come On”, discutivelmente o tema mais reconhecido da banda de Nova Jersey, “Shit Kicker” ou “Coming in Hot”, outro dos clássicos.
A última música, como já vem sendo costume, foi “Force Field” de 3, álbum editado em 2005.