Reportagem The Australian Pink Floyd
Noite de nostalgia e saudosismo em Lisboa, com o Campo Pequeno lotado, e apenas com lugares sentados.
É certo que esta não é a banda que deu nome ao rock progressivo, e que inspirou gerações, mas a possibilidade de saborear um pouco daquilo que os britânicos deram à música. Qualidade de som acima da média e reproduções fiéis dos maiores êxitos do colectivo de Cambridge foram as principais armas dos australianos. Ainda não havia ninguém em cima do palco e numa forma circular surgia projectado um video no qual o público poderia saber que album ia ser recordado. Inicio de luxo com as quatro primeiras faixas de The Dark Side Of The Moon e Shine On Crazy Diamond(Part I-V).
Com muitas luzes e lasers à mistura, os Australian Pink Floyd foram encantando uma multidão entusiasta, participativa com palmas e coro.
Welcome To The Machine, Another Brick In The Wall, entre outras fizeram as delicias dos lisboetas, mas o momento alto da noite viria a ser Wish You Were Here. O público português quase conseguiu calar Steve Mac e companhia, cantando o clássico com toda a força.
Após muito tempo sem se dirigirem ao público (exceptuando os agradecimentos habituais), os Australian Pink Floyd mostraram-se muito satisfeitos com o público e abandonaram o palco, regressando pouco depois para encore duplo. Primeiro encore reservou a esperada Comfortably Numb, com um javali insuflável e de olhos vermelhos a surgir na lateral do palco.
Aplausos longos, fortes e sentidos nos quais plateia, bancadas e galerias viram as cadeira inutilizadas, quando já toda a gente acreditava que o concerto tinha terminado. A verdade é que já muitas pessoas tinham abandonado o recinto e os Australian Pink Floyd brindaram uma última vez ao público português, com Run Like Hell.