Reportagem The Tallest Man on Earth em Lisboa
Kristian Matsson e a sua banda entraram em palco segurando em pequenas lanternas dirigidas ao palco e ao público na escuridão da Aula Magna. De rompante a luz acendeu e o sueco agarrou imediatamente na guitarra e começou a tocar. A noite tinha começado, quem foi à casa de banho é que se amola. Segurando na guitarra ora na posição clássica (frente ao corpo), ora na posição flamenco (ao alto), The Tallest Man on Earth foi tocando as músicas que o público adora, entre elas Love is all. "There are going to be a lot of sad songs", disse às tantas. Não mentiu. A primeira parte feita por Tarantula Waltz, outro sueco, animou bem a sala no seu estilo algo sério. Pelo menos em comparação com Kristian.
Kristian contou ter sido em Portugal que começou a compor Dark Bird is Home e também foi em Portugal que ele e a mulher optaram por se divorciar. "I guess love was not supposed to be". Este é uma daquelas trivias que já fazem parte do cantor e não tendo de se desculpar pelas músicas tristes, muito pelo contrário porque o público adorou. Foi uma grande espera que culminou naquele concerto. Um concerto que deu para percorrer a discografia do músico. Desde "I Won"t be Found" a "The Gardener", passando por "1904", Kristian quis deixar ali tudo naquele palco. E também o deixou fora, quando dos doutorais saiu um pedido e Kristian saltou do palco, galgou 4 ou 5 passos largos, saltou um parapeito e foi ter com o autor (ou autora, não sei, estava longe e todo o Mundo se levantou) do pedido. Nuns bons 5 minutos de espera, pouca gente na sala sabia o que estaria a acontecer. Posso inventar… Nah. Enfim, Kristian voltou para o palco e pediu para trocar de guitarra. Disse que talvez se fosse enganar na música. E enganou-se! Vá, mas depois arrasou, portanto, parabéns à pessoa dos doutorais.
O entusiasmo de Kristian em palco é contagiante, com ele a não conseguir ficar quieto por mais que um breve instante. Entre corridas pelo palco, agachamentos repentinos, sentar-se no palco e correr para meio do público, é difícil não entrar na onda dele. Também o chamam de Bob Dylan sueco, mas eu não via o Dylan a fazer aquilo. Acho que é da Suécia.
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Organização:Everything is New
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quinta-feira, 21 novembro 2024