Reportagem Uffie
O Lux Frágil recebeu, no passado dia 1, a cantora norte-americana Uffie. A noite prometia e apesar de não estar sala cheia os presentes faziam crer que a noite seria de festa. Gun N Rose, o mais recente alter-ego de Nuno Rosa, inaugurou o palco, “embalando” um público (ainda) adormecido e com receio de estrear a pista.
“Mc’s Can Kiss”, o primeiro single de Sex Dreams and Denim Jeans, álbum de estreia da cantora há muito aguardado pelo público, enceta o concerto e revela o que será o registo sonoro da noite: sintetizadores electrizantes e uma Uffie desinibida.
Nome de proa do actual electropop, Uffie acompanhada pelo artista francês Dj Kodh, com a qual partilha uma cumplicidade evidente, explora ao longo do concerto sonoridades electrónicas que lhe são próximas. Flutuando entre o pop electrónico, o electroclash e o rap, com temas reconhecidos e acarinhados pelo público, como “Pop The Glock e First Love”, a cantora apresentou ainda temas do seu primeiro álbum, que deverá ser lançado esta Primavera, como “Ricky” e, o mais recente single, “ADD SUV”.
Uffie, ou Anna-Catherine Hartley, mostrou-se capaz de acompanhar as sonoridades aceleradas de Dj Kodh, fazendo apelos sucessivos aos presentes, ainda entorpecidos, para que invadissem a pista de dança e fizessem algum barulho.
É em “Hot Chick”, no primeiro regresso de Uffie ao palco, que a cantora, acompanhada pelos sintetizadores e pela drum machine, rouba alguma da timidez dos presentes, que se deixam conduzir ao som de um electrónico mais rude e acelerado.
A norte americana sobe ao palco ainda por uma segunda vez, cumprindo a vontade do público que gritava pelo seu nome, e é com “Steroids”, música com a qual trabalhou com o aclamado Mr. Oizo, que finda a noite.
Os cinquenta minutos de concerto souberam a pouco aos que estavam presentes, nos quais ficou a expectativa de mais.