Reportagem Yann Tiersen @ C.Artes de Famalicão
Momentos antes do início do espectáculo, na Casa das Artes, em Famalicão, era notória a ansiedade do público: "Adorava que fosse concerto em acústico, piano, violino e acordeão."; "Será que ele vai tocar músicas de Amélie."; "Também pode ser rock.".
A expectativa foi crescendo até à hora em que Yann e o resto do seu grupo sobem a palco. Com duas guitarras, um baixo, uma bateria, era mais que óbvio que, durante a noite, rock não ia faltar. Quem iria trazer um toque especial seria Christine Ott, no seu espaço com vários instrumentos mais ou menos peculiares.
Embora estivesse de guitarra em punho, Guillaume Yann Tiersen, deu início ao concerto ao som da melódica e de forma soberba construiu uma passagem para o post-rock que foi o prato principal da noite.
Temas como "A Secret Place", "Kala" e "Dark stuff", entre outros, foram os temas que elaboraram um crescendo gradual de muito boa música até chegar a altura em que todos os elementos da banda sairam do palco e Yann Tiersen ficou só com o seu violino para interpretar a intensa e enérgica "Sur le Fil". Alguns espectadores levantaram-se para aplaudir, tão ofegante foi o momento.
No final do concerto houve um encore em que a última música foi a "Valsa da Amélie" numa versão rock. Quando a banda desceu do palco pela segunda vez alguns espectadores continuaram aplaudir à espera de uma segundo encore, mas, talvez pela falta de interactividade do Bretão, cuja única palavra que dirigiu ao público durante os intervalos das músicas foi "obrigado", quando as luzes voltavam a descer para mais uns minutos de muito boa música, alguns espectadores começaram a sair da sala o que fez com que Yann, que estava ao fundo de uma das saídas do lado direito do palco, desse o concerto por terminado. Na set list que estava no chão podia ver-se que havia mais um encore preparado.
Hoje, ele volta a actua, desta vez em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, pelas 21:30.