Reportagem Vodafone Paredes de Coura 2019
Ah, Coura… Após anos e anos a ser carinhosamente apelidado de “Couraíso” pela sua fiel legião de admiradores, o Vodafone Paredes de Coura finalmente decidiu adotar a alcunha que tão bem retrata este festival: música alienada à bela paisagem da Praia Fluvial do Taboão. Ao longo de uma encantadora semana, muitos foram os campistas que se perderam de amores pelo esplendor afrodisíaco desta vila, que há anos e anos vive este festival como ninguém.
Na sua edição mais preenchida de sempre – passeis gerais esgotados, assim como os bilhetes diários para os dias 14 e 15 de Agosto – o 27º Vodafone Paredes de Coura foi, mais uma vez, a despedida perfeita para todos aqueles que vivem de festivais ao longo do seu Verão, apesar do clima tropical que se registou nos dias que antecederam o festival.
Felizmente, São Pedro sorriu no arranque do primeiro dia, e com ele veio um sol muito convidativo aos (gelados) banhos pelo rio a dentro. Como tal, a nossa estreia pelo recinto fez-se algo de tardia, mas ainda a tempo dos Boogarins darem o pontapé de saída na sua estreia pelo habitat natural da música.
A banda goiana de rock psicadélico já há muito que caiu nas boas graças do público português, mas o verde anfiteatro de Paredes de Coura, muito bem composto para aquela hora, fora o maior desafio na carreira dos Boogarins. Porém, o desejo e a felicidade por finalmente pisar aquele palco, tornado público por Benke Ferraz, levou a que a coisa se desse relativamente bem, mesmo que os contornos psicadélicos dos temas soassem algo dispersos perante as dimensões da plateia.
Melhor sorte tiveram os senhores que se seguiram, os Parcels. Aliás, sorte não será a terminologia mais correcta para adjetivar o concertos destes australianos; não é a sorte que mete um anfiteatro inteiro a dançar e a vibrar ao som de temas que muitos certamente nunca tinham ouvido. É preciso um leque de respeito de canções vibrantes e contagiantes para tal feito, e foi precisamente isso que os Parcels trouxeram para as margens do Taboão.
A electropop dos australianos foi uma aposta ganha, um regresso aos anos 70 mas com um toque bem futurista. Num concerto que não teve outra direção se não em crescendo, e onde até nem faltou um snippet de “Encosta-te a Mim” (Jorge Palma), os Parcels conquistaram tudo e todos, com “Overnight” e “Tieduprightnow” a tornarem-se nas canções mais ouvidas nos dias seguintes à beira rio, tal não foi a nova quantidade de seguidores que estes tipos recrutaram.
Quem diria que depois da festa de Parcels, Paredes de Coura conseguiria emergir na triste e sentimental melancolia dos The National de forma tão natural. Nome grande do primeiro dia, e razão princpal para que o mesmo esgotasse, a banda de Ohio regressou a onde já tinha sido feliz, e claro, voltou a repetir a dose.
Em tourné de apresentação ao mais recente disco I Am Easy To Find, o começo ao som de “You Had Your Soul With You” até poderia ameaçar um concerto com particular enfâse nestas novas canções, como tem sido hábito nestes últimos meses pela estrada fora. Mas Portugal é um sítio especial para The National; já não existem mãos capazes de contar a quantidade de vezes que a banda passou por Portugal. E como tal, “Don’t Swallow The Cap” e “Bloodbuz Ohio” asseguraram os fãs que aquela noite seria de celebração por (quase) toda a carreira.
Até poderíamos dizer que a noite seria dedicada a grandes êxitos, mas esses não existem; os The National não são uma banda que tenha x músicas de sucesso mundial, com direito a tempo de antena em rádios e afins. Os The National preferem apostar num alinhamento sólido, de qualidade constante e que há muito caiu nas boas graças de fãs que vivem estas canções, como se as mesmas fossem escritas sobre e para si.
E dada essa forte ligação emocional que há perante as canções de The National, naturalmente que houve uma devota entrega total por parte do público, saboreando todas as canções até ao osso, mesmo que as mais recentes demorassem um pouco mais a ser mastigadas. Já em palco, continuam iguais a si próprios: atenção precisa ao detalhe, recriações mais arrojadas em alguns temas e um Matt Berninger brincalhão e sem medo de se atirar para junto da multidão, como aconteceu em “Graceless”.
A nível de surpresas, houve “Sea of Love” e “Pink Rabbits”, que já não encontravam os seus caminhos para os palcos faz tempo e que foram abraçadas como velhos amigos. Porém, a verdadeira comunhão entre banda e público seria feito num fina arrebatador e que deixara as emoções ao rubro, começando com a raiva de “Mr. November”, a frustração de “Terrible Love”, a solidão de “About Today” e a sempre apaixonante “Vanderlyle Crybaby Geeks”, cujo coro acapella foi dos melhores que já se ouviu e encerrou, com chave de ouro, mais uma emotiva passagem dos The National por Portugal. A próxima dá-se já em Dezembro.
Dia 15
Após uma longa espera – catorze anos, para se ser exato – os New Order regressaram a Portugal, naquele que foi o concerto mais aguardado desta edição do Vodafone Paredes de Coura. Todavia, houve muito mais música a reportar neste segundo dia do festival. E começou bem cedo, com os Alvvays.
Com indie pop a puxar ao dream pop, a trupe de Molly Rankin embalou o anfiteatro dos sonhos com as ternurentas sonoridades de “In Undertow” ou “Archie, Marry Me”. Com canções mais propícias a embalar os presentes do que propriamente a prendê-los ao concerto, os Alvvays foram a banda sonora ideal para o começo do pôr-do-sol.
Em onda completamente oposta, e no Palco Vodafone.FM, estiveram os Boy Pablo. Contrariando as temperaturas gélidas da Noruega, o grupo assinou uma calorosa atuação e que deixou os muitos curiosos rendidos e sedentos por mais, conquistando a plateia sem grandes dificuldades com o seu indie rock travesso e atitude meio brincalhona, quase Mac DeMarquiana. Tudo aponta para o regresso em breve.
Por falar em regressos, os Car Seat Headrest marcaram novamente presença em Paredes de Coura. Tal como acontecera há dois anos atrás, energia e irreverência foi algo que não faltou, assim como nuvens de pó oriundas de marés de crowdsurf e de valentes mosh. Arrancando ao som de “Bodys” e “Fill In The Blank”, Will Toledo fez questão de deixar ponto assente que a noite seria de festa, com a descarga de canções que se seguiram, que culminaria ao som de “Beach Life-In-Death”, a não só roubarem-nos o fôlego, mas como também a aquecer-nos para o principal momento da noite.
E esse lá que apareceu. Sem grandes surpresas, foi o auge deste segundo dia de Paredes de Coura: a segunda-feira quinta-feira azul dos New Order. Renascidos das cinzas de Joy Division, a banda fénix assumiu-se como pioneira da música electrónica dos anos 80, e foi à base dos seus incontornáveis êxitos que Bernard Sumner, Stephen Morris e companhia conquistaram 27 mil almas.
Arrancando ao som de “Singularity” e “Restless”, todos aqueles que usavam t-shirts alegóricas a Unknown Pleasures não tiveram que esperar muito mais para ouvir canções de Joy Division, seguindo-se “She’s Lost Control” e “Transmission”, temas intergeracionais acompanhados por um enorme coro que guarda bem no coração as memórias da dita banda de culto.
Apesar de todo o apreço que há pelas reminiscências do passado, os New Order não têm necessidade de viver em tempos que já lá vão. E saudamos-lhes por isso, ou não fosse a dance music destes sexagenários algo que tanto reúne instâncias arrepiantes como vibrantes, tão bem exemplificadas através de “Tutti Frutti”, “Bizarre Love Triangle” ou “Plastic”, canções tão bem conseguidas que não seria um exagero agoirar que muitos foram aqueles que ficaram com os pêlos do corpo levantados.
Mesmo que a frescura da juventude já não acompanhe Sumner, esteve lá um público sempre fiel a suster de base ao vocalista dos New Order. Em jeito de compensação pelo feito, estas almas tiveram direito a um fecho em grande através dos três maires êxitos da banda: “True Faith”, “Temptation” e como não poderia deixar de ser, “Blue Monday”, celebrada em êxtase por todo o anfiteatro. Para o encore, voltou-se a ouvir Joy Division, com “Atmosphere”, em jeito de homenagem a Ian Curtis e “Love Will Tear Us Apart”, com esta última a unir todos a uma só voz num dos momentos mais bonitos que alguma vez se viveu naquele festival. Certamente, um dos concertos que ficou para a história do festival.
A noite não terminaria ali, todavia; haveria ainda tempo para os Capitão Fausto, uma das mais acarinhadas bandas portuguesas do momento, enfrentarem a maior plateia com que alguma vez se depararam. E não era só a plateia que haveria de impor respeito, ou não fosse a tarefa de tocar depois de New Order um enorme desafio. Mas este grupo superou-o e com distinção.
Logo a abrir, e aproveitando a fraca dispersão que se deu entre concertos, ouve-se “Amanhã Tou Melhor”, maior êxito dos Capitão Fausto e que rapidamente prendeu a plateia em frente ao palco. Depois, foi aquilo que já era de esperar de um concerto de Tomás, Domingos, Francisco, Manel e Salvador: um serão de canções entoadas de pulmões bem abertos pelos fãs que cresceram ao som da banda, e até aos recentes convertidos; “Sempre Bem”, “Morro na Praia”, “Maneiras Más”, “Santa Ana”, “Corazón”, “Amor, a Nossa Vida”, … nem a inconfundível “Teresa” faltou na chamada.
Os Capitão Fausto já têm alguns anos de experiência em palcos de renome como o do Vodafone Paredes de Coura, mas sem dúvida que aquele tinha um sabor especial, especialmente tendo em conta o ar de contentamento expresso pelos próprios, especialmente o de Domingos Coimbra. “Boa Memória” veio colocar ponto final ao sonho que aqueles cinco meninos sempre tiveram, assim como do nosso segundo dia.
Dia 16
Ao contrário dos restantes dias, o terceiro dia do Vodafone Paredes de Coura não esgotou os seus bilhetes diários, mas foi por isso que a intensidade ou a qualidade dos concertos tenha perdido gás. Como tal, foi-se para o recinto mais cedo do que o habitual para acolher os First Breath After Coma, desta feita promovidos ao palco principal.
Munidos daquele que será, provavelmente, eleito como melhor disco nacional de 2019, NU, a banda de Leiria trouxe uma boa dose do seu cruzamento entre indie rock e post rock, assim como Noiserv como convidado especial. Haveria melhor forma de começar o nosso dia?
A dar seguimento a um dia que em tudo tinha para ser arrebatador, o Palco Vodafone.FM acolheu a estreia dos belgas Balthazar por Portugal. Cheios de groove mais ginga à mistura, a banda revelou-se uma verdadeira surpresa, conquistando com os seus temas a transbordar sensualidade e na contagiante comunicação com o público.
Mesmo após uma longa pausa para jantar pelos lados do campismo, chegou-se a tempo de ouvir o regresso dos Deerhunter a Portugal, com direito a novo disco, o aclamado Why Hasn’t Everything Already Disappeared?, que preencheu grande parte do alinhamento. Porém, seria através de temas mais antigos como “Helicopter”, “Agoraphobia” e a sublime “Desired Lines” que o público se manifestaria em peso, mesmo com as constantes interações por parte de Bradford Cox.
Tirando esse (importante) detalhe da equação, a verdade é que os Deerhunter deram um concerto exemplar, salientando-se a entrega e o apreço que demonstravam perante os fãs das primeiras filas, que vibravam com todo aquele vasto cardápio de ricas melodias. Quiçá um concerto em nome próprio não fosse o próximo destino que a banda deveria tomar por Portugal…
Por falar em concertos exemplares, os Spiritualized assinaram um dos momentos mais mágicos da noite. Irónico como o projeto space rock de Jason Pierce foi brindado com o maior mar de estrelas ao longo dos quatro dias de festival. Mas se calhar, e assim queremos acreditar, talvez o aspecto do céu tenha sido obra do destino, ou não fosse a sonoridade dos Spiritualized capaz de nos deixar a navegar pelo céu.
Com uma vasta orquestra capaz de reproduzir toda a genialidade de Pierce, com principal destaque para o excelente coro gospel, os Spiritualized fizeram as delícias dos fãs e conquistaram todos aqueles que não os conheciam. Para o fim, ambas as partes alinharam-se para celebrar ao som de uma versão de “Oh Happy Day” (Edwin Hawkins), assim como todas as estrelas que decoravam o céu.
É irrefutável que Father John Misty assinou um dos concertos mais memoráveis no Vodafone Paredes de Coura, isto no ano de 2015. Desde então Pure Comedy e God’s Favorite Customer viram a luz do dia, catapultando Josh Tillman (ainda) mais para as luzes da ribalta, culminando com o seu regresso nesta edição com o estatuto de cabeça de cartaz. E verdade seja dita: houve quem estivesse lá para o ver e com a lição bem estudada na ponta da língua.
Se, há uns anos, I Love You Honeybear fez as delícias do público, a noite de dia 16 repetiu a dose com uma quantidade generosa de temas do icónico disco, como a eletrizante “True Affection”, “Strange Encounter” ou “Chateau Lobby #4 (in C for Two Virgins)”. Aliás, mesmo com dois novos discos desde então, em que apenas “Total Entertainment Forever” foi repescado de Pure Comedy, apenas temas de God’s Favorite Customer conseguiram rivalizar com a quantidade dos de Honeybear, tendo esses uma recepção semelhante àqueles que constavam no disco de 2015.
Fazendo-se acompanhar de uma vasta banda de apoio, com sopros incluídos e tudo, as canções de Tillman ganham novas dimensões, novos contornos capazes de enfrentar em pé de igualdade as dimensões de um anfiteatro como o de Paredes de Coura sem se perderem pelo meio. Canções outrora fragilizadas passam agora a contar com novos arranjos, mas que mantêm a capacidade de nos emocionar pela sua honestidade, como “Real Love Baby” ou “Nancy From Now On”.
Sobre Josh Tilmman, continua a ser um orador charmoso de barba longa e cheio de pinta, sentindo e contorcendo-se ao som de cada salmo na sua missa. A oração principal, aquela que o cimentou como homem grande do folk sedutor, estaria guardada para o final, com “I Love You Honeybear” a exigir ser sentida ao lado dos nossos mais que tudo, recapturando aquela essência apaixonante de quem a ouve pela primeira vez. Lindo, lindo, lindo.
Dia 17
Como tudo o que é bom tem um fim, o término de mais uma edição do Vodafone Paredes de Coura teria que ocorrer. Talvez em jeito de acompanhar a depressão de todos os campistas, o próprio dia fez-se triste, nublado e ameaçando uma chuva que só se materializaria às tantas da manhã.
Naquele que foi o dia com o cardápio mais eclético, o prato das entradas ficou a encarregue a Mitsiki, mas depois da primeira dentada, sentiu-se um quê de desilusão e a vontade de colocar os restos na borda do prato. Apesar de Be The Cowboy ter sido rompido de elogios, o mesmo não se verificou em palco, mantendo-se um registo ténue e frágil, difícil de converter os curiosos e que só arrancava reações através de malabarismos macabros protagonizados em cima de uma mesa, despida de qualquer emoções faciais. Depois de “Nobody”, foi sair dali e procurar novos ares, e com alguma urgência.
Paredes de Coura sempre foi generoso com os timeslots atribuídos a artistas portugueses, proporcionando boas enchentes aos músicos ‘da casa’; este ano, e no Palco Vodafone.FM, a sorte tocou ao Sensible Soccers. Depois do frouxo concerto de Mitsiki, a banda portuguesa conseguiu instaurar um bem necessitado ritmo folgante, levando a que muitos não se controlassem em bater pé ao som das maravilhosas construções experimentais do mais recente Aurora.
E depois veio Patti Smith, e o mundo nunca mais foi o mesmo. A fragilidade que acompanha a idade, ou não fosse já uma senhora na casa dos setenta, em nada faz jus ao furacão de mulher que é, um espírito livre que não perde tempo em movimentar o público ao som de “People Have The Power”.
Personalidade icónica, ou não tivesse Smith marcado uma geração, a força e o desejo pela mudança mantêm-se inalteráveis, mesmo após quarenta anos de ter surgido com o seu inconfundível Horses. Foram múltiplos os apelos à mudança, à inclusão, à união; as experiências de vida de Patti Smith eram o triplo de muitos dos jovens que fazem de Paredes de Coura casa no Verão, e a artista veio com um desejo de inspirar toda essa juventude a percorrer o caminho ordeiro, de fazer aquilo que é certo e, acima de tudo, a incentivar-nos a seguir os nossos sonhos.
Em ano de celebração dos 50 anos do mítico Woodstock, da imortalização de um estilo de vida cheio de ‘paz e amor’, a emoção tomou conta de Patti Smith, quiçá por ver que esse mundo defendido em Bethel foi adotado como a norma por esta nova geração, por todos estes apaixonados pelo mundo que correm em busca de um mundo melhor. E para eles, cantou-se o maior hino de Patti Smith, “Because The Night”, porque aquela era a noite de todos esses apaixonados, a noite dos que serão a mudança no dia de amanhã. A descendência está bem entregue.
Como já haveria sido referido, este dia primou pelo ecleticismo e, como tal, deu-se no Palco Vodafone uma mudança drástica de sonoridade, levada a cabo pelo hip hop indenciário de Freddie Gibbs, homem que se seguiu na ementa. Acompanhado por MadLib na mesa de mistura, o rapper não perdeu tempo em soltar rimas como se fossem balas, disparando em todos os lados e acertando sempre na mouche.
Com energia a transbordar por todos os lados, e radiante perante tão enchente e receção, Gibbs teve o público na sua mão do início ao fim e fez com o mesmo aquilo que queria, convidando-os sempre a fazer parte das suas canções e até nas pausas, onde os gritos “F*ck Police” e “Hell Yeah” foram uma constante. Para o fim, revelaria que esteve quase para pisar o palco do festival em 2016, mas que problemas com a autoridade o impediram de tal. Quis-nos parecer que a espera valeu a pena.
O fim caminhava a passos largos, e com ele veio o concerto que colocaria um ponto final nesta edição do Vodafone Paredes de Coura: Suede. Há muito que os tempos dourados do brit pop já lá vão, assim como a relevância dos Suede nos dias de hoje. Mesmo assim, ainda muitos eram aqueles que usavam indumentárias alusivas à banda de Londres.
Brett Anderson deu tudo aquilo que tinha ao longo de uma hora e pouco de revisita aos maiores clássicos da banda britânica, que encabeçavam juntamente com os Oasis, Pulp e Blur a frente do movimento brit pop nos anos 90. Apesar de uma energia contagiante, que viria a ser partilhada junto do público por diversas vezes, o cansaço do mesmo era evidente, ou já não tivessem passado quatro dias de intensos concerto. Mesmo assim, os últimos cartuchos foram poupados para o fim ao som de “Beautiful Ones”, encerrando com chave de ouro mais uma edição do Vodafone Paredes de Coura.
Até para o ano, Couraíso!
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quarta-feira, 28 agosto 2019