Reportagem Festival Marés Vivas 2008 - Dia 18
No segundo dia do Festival Marés Vivas esperava-se casa cheia.
Os Mazgani são os primeiros a subir ao Palco dos Portugueses pelas 19 horas. Com apenas algumas dezenas de pessoas a assistir sentadas ao concerto, havia um jovem rapaz que pedia insistentemente a palheta ao vocalista da banda. Este teve tempo de referir que a banda era pobre mas mesmo assim no fim do concerto a iria dar ao fã. Na bagagem traziam “Song of The New Heart”, uma das canções tocadas foi “Bring Your Love”.
Os Classificados seguiram-se. A tocar em casa tiveram como auge do seu concerto “Sina”, o novo single “Rosa” e uma versão do original “Sete Mares” dos Sétima Legião. Um concerto marcado pelo rock-pop mas com pouco público em frente ao palco, sentado a assistir.
Às 20 horas sobe Slimmy ao Palco Principal. De casaco branco, com um estilo muito peculiar o rock enche o palco. Agradece aos fãs que o apoiam através do youtube, hi5 e myspace, e à organização pois pela primeira vez estavam a tocar num palco principal de um festival. Já com alguns milhares de pessoas em frente ao palco, “Beatsound Loverboy”, “Set Me On Fire” e “Showgirl” foram os melhores momentos deste concerto.
Tricky sobe ao palco pelas 22h05 e o trip-hop enche o recinto. O instrumental de “Sweat Dreams (Are Made Of This)” dos Eurythmics e o novo single “Council Estate” do album a editar em Julho “Knowle West Boy” foram os melhores momentos de um concerto que deixou muito a desejar.
Mas para alterar este momento menos bom, pelas 23h40 inicia-se o concerto dos Da Weasel. Este que se espera de um reportório mais antigo. Iniciam a sua actuação com “Amor, Escárnio e Maldizer”, segue-se “GTA”, “Baile” e “(No Principio Era) O Verbo”. Virgul pergunta onde estão as meninas e desce para junto do público enquanto toca a introdução de “You are Beautifull” de Snoop Dogg. “Real” e “Dou-lhe com a alma” ouviram-se e Pac pergunta: “Aguentam-se à bomboca??” o público grita!! Remix de DJ Glue com “We Will Rock You” e “The Real Slim Shady” deram aquecimento para “Mundos Mudos”, “Força” e “Para a Nóia”, altura em que o concerto ia no seu auge, com o público a vibrar e a aderir em massa. “Loja”, “Adivinha Quem Voltou” e uma versão do original dos Beastie Boys “(You Gotta) Fight For Your Right (To Party)” e “Niggaz” seguiram-se. “Tás Na Boa” com espectáculo de fogo fechaou em grande o concerto. A banda veio até junto do público para agradecer. Um concerto diferente do que estamos habituados a ver, demonstraram muito profissionalismo em palco, uma mudança para melhor.
E seguiram-se os senhores da noite. Com a lotação completamente esgotada (20 mil pessoas) demorava-se 10 minutos a percorrer 50 metros. Muitas foram as pessoas que compraram o bilhete exclusivamente para ver Prodigy e não viram o seu dinheiro mal gasto. Com um jogo de luzes especial, incendiaram o recinto: “What the fuck Porto?”. “Their Law” abre o concerto em força. “Spitfire”, “Breathe”e “Firestarter” levaram ao rubro os festivaleiros, mosh e crowd surfing ao seu expoente máximo. A dança invade o Festival Marés Vivas e ninguém consegue estar parado.
A fechar o concerto “Smack My Bitch Up” e “Out Of Space”. Os festivaleiros ficavam muito mais tempo a ouvir Prodigy mas a banda tocou apenas pouco mais que uma hora.
Uma grande noite de concertos, destacando-se Prodigy e Da Weasel. Amanhã ha mais com James, Riders On The Storm e Macy Gray.
Reportagem e Fotografia: Raquel Rocha