Reportagem Marés Vivas 2010 - 17 de Julho
Chegou o último dia do Festival Marés Vivas e a casa estava cheia. Se no dia anterior muitos foram os que chegaram cedo porque queriam garantir lugar nas primeiras filas no terceiro dia do festival a descontracção predominava e muitas pessoas chegaram depois das 21 horas formando grande fila para entrar.
O palco secundário abriu com João Só e Abandonados pelas 18 horas. O público era escasso, não atingia a centena de pessoas, mas a banda não baixou os braços e deu o seu melhor. “A Marte”, “Cresce e Desaparece” e “Meu Bem” foram alguns dos temas tocados.
No Palco Moche seguiu-se os Caim. “Stone Rain” e “Loss” foram alguns dos temas que preencheram este concerto já com mais público.
O Palco Principal abre pelas 20h30 com Nikolaj Grandjean. A moleza das suas músicas deixa aquém um concerto num ambiente festivaleiro, talvez mais indicado para uma sala fechada. Mas Nikolaj não deixava de tentar alguma interacção com o público que ainda não passava de uns poucos milhares. "Heroes & Saints" foi o momento mais alto e “Love Rocks” fechou o concerto.
Já com o recinto a meio os belgas dEUS entram em palco. “Bad Timing” abriu o concerto que se revelou energético e com muita interacção com o público. O álbum “Vantage Point” editado em 2008 esteve em destaque. “Instant Street”, “Fell Off the Floor, Man”, “Slow” e “Smokers Reflect” foram outros dos temas tocados. Tom Barman tentou falar em português ao longo do concerto e a banda provou que já há muito conquistou o público português. Tom promete ainda voltar a Portugal para apresentar o novo disco que será editado em Fevereiro. “Suds and Soda” fechou o concerto, que foi considerado por muitos o melhor da noite.
Os Editors pisam o palco e conquistam o público, já na casa dos muitos milhares. Algumas das músicas que se fizeram ouvir foram “An End Has a Start”, “Bullets” e “Blood”. O concerto corria com muita energia até que de repente os Editors interromperam a sua actuação em "Smokers Outside The Hospital Door" devido a um problema técnico (choques eléctricos no piano) abandonando o palco por 15 minutos. A banda acabou por regressar e ainda tocou "Bricks and Mortars" e "Papillon", mas pediu desculpa pelo encurtar do concerto. As músicas que ficaram por ouvir foram "No Sound but the Wind" e "Fingers in the Factories" que deveriam finalizar o espectáculo. O problema técnico fez com que o público ficasse com sabor amargo pois queriam ouvir mais da banda de indie rock britânico.
Ben Harper entra em palco com “Diamonds on the Inside” e o público rende-se. Numa noite com mais de 25 mil pessoas a ocupar a zona ribeirinha de Gaia Ben Harper fez a festa e pôs em delírio muitos dos presentes. Sempre com a guitarra, de pé ou sentado (slide guitar), apresentou “Number With No Name” e fez um medley de “Billie Jean”, do Michael Jackson e de "Heatbreaker", dos Led Zeppelin. O concerto teve direito a dois encores, pois o público não arredava pé. Subiu ao palco a solo e de guitarra acústica para tocar "Power of the Gospel" e "Burn One Down" no primeiro encore. No segundo brindou-nos com “Amen Omen” e “Serve Your Soul”. Ben Harper disse ainda que gostaria que em todos os concertos lhe cheirasse a maresia como no Marés Vivas. O espectáculo contou com mais de duas horas e fechou com boa vibe a edição deste ano do Festival Marés Vivas.
O somatório dos três dias do Festival Marés Vivas conta com mais de 65 mil pesssoas, sendo que o último dia foi o de maior assistência com mais de 25 mil. Para o ano há mais!
Reportagem e Fotografia: Raquel Rocha
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