Reportagem Moita Metal Fest 2018
Finda assim a 15ª edição do já muito bem estabelecido Moita Metal Fest com o 2º ano na sua nova casa. Mais uma edição com um cartaz de alto nível tendo como cabeças de cartaz The Exploited e Vader.
A abertura do evento fico a cargo dos Dark Oath que trouxeram na bagagem o seu Epic Melodic Death cheio de energia. Um set curto de apenas quatro malhas do disco "When Fire Engulfs the Earth" mas que foi suficiente para começar a agitar uma casa já bem composta. O curto set foi composto por Land of Ours, The Tree of Life, Watchman of Gods e acabaram a sua estadia em palco com When Fire Engulfs the Earth.
Chegou a hora para Old School Death Metal a cargo dos Sacred Sin, uma banda de Lisboa que já conta com muitos anos de estrada. Já bem estabelecida esta nova formação, continuam a polvorizar o público de forma brilhante com os seus clássicos e também com Murder, Vipers – rise from the Underground e Morbid, malhas do mais recente disco Grotesque Destructo Art. Para acabar o set, Darkside, começando a provocar circle pits
Chegou a hora dos Viralata mostrarem como se faz punkrock à seria. Como uma casa já bem animada, este quarteto não ficou nada desiludido com os fãs que tinhas as letras na ponta da língua. Abriram o espetáculo com a malha Estrelas Decadentes do seu último álbum Rota de Colisão. Zé Ninguém, com todo o público a cantar com muita energia e atitude. O tempo já escasseava mas ainda houve tempo para “mais um copo” com o tema E vai um copo e ainda um "Foda-se Moita és Linda".
Depois de algum tempo afastados, subiram a palco os carismáticos Filii Nigrantium Infernalium mostrando-se uma banda com atitude e em excelente forma perante um público exigente. Com mais de 20 anos de existência ainda se mostram capazes de fazer mexer o público. Durante cerca de 30 minutos de puro necro rock’n’roll pudemos ouvir temas como Calypso, Não há futuro e Matéria Negra.
Chegou a hora da muito esperada banda de Thrash Metal, os Gregos Suicidal Angels. Contando já com seis álbuns de originas e uma vasta experiencia ao vivo, estes senhores devastaram o público com a sua brutalidade sonora durante quase uma hora de puro Thrash bem rasgado e rápido.
Finalmente a esperada cabeça de cartaz sobe a palco. Banda com quase 40 anos de história, os grandes The Exploited. Trazendo consigo o expoente máximo do Punk Hardcore, trituraram por completo uma casa quase a arrebentar pelas costuras. Entre Circle pits e stage diving fez-se de tudo durante mais de uma hora de puro e duro Punk Hardcore.
Inicia-se o segundo dia deste fest com heavy metal de alta qualidade que ficou a cargo dos Toxikull que contam com um dos melhores lançamentos de 2018. Sendo ainda cedo, não se deixaram intimidar pela quantidade de público e mostraram como se faz bom Heavy metal
Sem deixar arrefecer muito, sobrem a palco Wells Valley. Um trio oriundo de Lisboa e que nos trouxe o seu Doom bem forte e carregado de riffs com puder. Uma grande marca neste curto set foi a Set The Controls for the Heart of the Sun, original dos Pink Floyd, bem, executada e que não deixou ninguém indiferente.
Sem muitas demoras, pomos de lado o Doom e damos lugar ao Rock pelos já bem conhecidos do nosso público Low Torque. Banda que tem vindo a crescer a passos largos, já conta com três álbuns de originais, sendo o principal objetivo no Moita Metal Fest rodar o último trabalho Chapter III: Songs From the Vault.
Com duas guitarras e sem baixo, pode soar estranho aos mais desatentos. Mas o que é certo é que os Dead Meat não precisam dele para contagiar a plateia com o seu marcado Brutal Death, pondo assim o recinto a mexer um pouco mais. Um set destrutivo, inteiramente dedicado ao "Preachers of Gore" lançado em 2017.
Guitarras de seis cordas? Não é para Equaleft, que envergam duas guitarras de oito cordas, produzindo assim uma sonoridade bem mais pesada e característica desta banda do Porto. Finalmente se começou a por de lado uma ligeira timidez que ainda se fazia sentir e para devastar com ela, Miguel Inglês, salta do palco em direção ao público para com eles continuar a festa.
E para que a feste continue, Terror Empire no palco. Thrash diretamente de Coimbra com solos fantásticos. Dificilmente poucos são aqueles que nunca ouviram falar deles e pela positiva, pois a cada concerto que dão se nota a grande evolução da banda. Abrindo com a intro do último disco "Obscurity Rising", passando também pelo segundo disco "The Empire Strikes Back".
Fortes Headbangs á conta nos constantes breakdowns da primeira banda internacional da noite. Os Ingleses Malevolence. Talvez das bandas menos conhecidas, mas não passou nada indiferente a um público tao exigente.
Um dos momentos mais tristes e que irá deixar muita saudade foi a ultima atuação de uma banda que se pode dizer a melhor banda de Hardcore nacional, os grades For The Glory. Durante a atuação, foi distribuído algum do restante Merch da banda pelo público. Um concerto muito emotivo para todos, mas principalmente para os grandes fãs. Clássicos como Some Kids Have No Face e Survival of the Fittest não poderem faltar. Abandonam assim os palcos, mas de coração cheio. Ate breve For The Glory!
Chegou a altura da banda da casa mostrar que ainda ta bem forte apesar de ter agora apenas um guitarrista. Switchtense arrancam logo com todo o power com a malha Face Off não dando espaço para descanso á tenda já repleta de gente e iniciou-se de imediato um circle pit. Mosh com fartura ainda se ouviu Infected Blood e já em cima da hora ainda houve tempo para mais uma, Monster.
Para dar algum descanso, ser ouvido e apreciado pelos fãs mais old school do Heavy nacional, chega-nos Iberia. Repletos de boas malhas, que foram muito bem executadas e apreciadas, podemos ouvir Sanctuary of Dreams, God’s Euphoria. Para acabarem a sua estadia neste palco cheio de talento, Hollywood, o maior êxito da banda.
Um dos momentos mais esperados na noite a chegar. Benighted violaram por completo todo o público presente com Grindcore de altíssimo nível vindo de França. Pancada a traz de pancada, Hush Little Baby, Reptilian e Necrobreed fizeram-se ouvir e bem. Já perto do fim, foi dedicada uma malha aos Analepsy, uma das grandes bandas do panorama nacional da atualidade. Sem marchem para duvidas que foi uma atuação de pura destruição.
A majestosa Bizarra Locomotiva chega a sua estação. Banda que chamou muita gente a este fest, percorreu grande parte da sua carreira com um set brilhante nunca dispensado uma teatralidade já bem conhecida de todos. Abrindo com A Procissão dos Édipos, passando por Ergástulo e ainda Cavalo Alado. Já na reta final, um mar de gente invade o palco ao som de O Escaravelho.
O derradeiro momento chegou com a entra de Vader tomando o palco de assalto. Casa completamente cheia a espera dos pais do Death Metal que escolheram o Moita Metal Fest para encerrar a tour "The Ultimate Incantation 25 Years of Chaos". Mesmo depois de um longo dia de mosh violento, ainda havia uma réstia de energia para continuar a dar vida ao festival. Prestação notável por parte da banda que já apresentava algum cansaço. Cold Demons fez saltar stage dive um atrás do outro.
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quinta-feira, 12 abril 2018