Reportagem NOS Alive 2014
Francisco Silva
A equipa do FDV esteve presente naquela que foi a 8ª edição de um dos mais aguardados e frequentados festivais de Verão – estamos a falar, portanto, do Optimus Alive (presentemente NOS Alive). Este é um dos festivais de maior portento em Portugal, tendo-nos habituado ao longo dos anos a trazer aos palcos do Passeio Marítimo de Algés alguns dos “magnatas” da música internacional, como Beastie Boys e Smashing Pumpkins, e até mais recentemente, Radiohead e The Cure. Isto, aliado a uma organização de eventos de larga escala de excelência providenciada pela Everything is New e uma habilidade de compor cartazes que agradam tanto a gregos como a troianos, tornou, sem dúvida, o NOS Alive num dos eventos anuais e presença obrigatória para muitos dos amantes de música em Portugal.
No entanto, se a edição do presente ano tinha potencial para ser a maior e melhor, até pela crescente atenção internacional que tem tido através de publicações como a NME e The Guardian, a principal falha do cartaz número oito foi mesmo a apresentação de um cartaz que deixou algo a desejar. Este apresentou bandas como Arctic Monkeys e The Black Keys, encarregues de encabeçar o primeiro e segundo dia, ambas com uma última presença em Portugal em memória (registando-se as últimas paragens no Super Bock Super Rock do ano passado e um concerto lotado no Pavilhão Atlântico, respectivamente) e o nome de relevo do último dia, The Libertines, não é nem de perto celebrado cá como na terra mãe e não trouxe a quantidade de festivaleiros pretendida. Já o palco secundário (palco Heineken), que sempre nos habituou a uma mão cheia de nomes pertinentes parecidos que “roubados” a outros festivais com um público alvo mais adequado, também não brilhou tanto como em anos vindouros. Alguns problemas técnicos e a presença geral de um público que pouco estava interessado em assistir a música tocada ao vivo foram outros dos pontos menos positivos desta edição do festival lisboeta, o que atrai o maior número de fãs estrangeiros (cerca de 15 mil este ano, maioritariamente ingleses e espanhóis) já há algumas edições. Nem tudo foi mau e faz-se ainda um rescaldo positivo – com uma chamada de atenção para o efeito que a dimensão do festival está a ter no seu próprio público. Pareceu, em ocasiões, um soberbo e vasto organismo que ganhou vida por si próprio, mas de coração arrefecido e pernas cansadas.
Dia 1 – 10 de Julho
O primeiro dia do festival abriu as portas a Jacarés, o sexteto português que arrancou com um concerto quente. Pouco depois contámos com a presença de Noiserv, projeto de David Santos, mais que conhecido pelo público português, mélico e hipnotizante – como de costume. Coube a Ben Howard abrir o Palco NOS - e o cantautor londrino soube encantar com o seu folk delicado, sofrendo se calhar de uma atuação mais cedo do que desejava para ter um público que disfrutasse da sua música inteiramente. Decerto ninguém esperava que qualquer um destes artistas orquestrasse o concerto da noite, no entanto, foi apenas com a entrada de Temples no Palco Heineken que o ambiente geral começou a aquecer. O coletivo inglês começa a criar burburinho na imprensa internacional desde o lançamento de Sun Structures, desse presente ano, dando origem a inúmeras comparações a Tame Impala, outros que também se dedicam ao rock psicadélico. Embora os últimos mereçam um maior destaque pela qualidade do seu material, os Temples souberam dar um concerto eficaz e apelativo, não só aos poucos, mas bons, que os esperavam ansiosamente, mas também aos curiosos que se deslocavam dentro do recinto. Destaque para “Shelter Song”
Sobre os The Lumineers temos pouco a dizer para além de ter sido um concerto da praxe de uma das bandas do momento – ou melhor, de um grupo de autores de vários temas que correm os ouvidos radiofónicos (algo que pareceu um dos temas recorrentes desta edição do festival). Provenientes do Colorado, a banda norte-americana ostenta um aparente folk agradável aos ouvidos popularizado ao estilo Mumford and Sons, mas sem a profundidade lírica ou sentimental associada ao célebre estilo. “Ho Hey” é o tema badalado e é portanto o que obtém maior resposta de um público sedento por hits, mas o resto do alinhamento não ficará de forma particular na memória dos presentes. No lado oposto do recinto, tivemos oportunidade de apanhar também o concerto dos The 1975, já esses com uma base considerável de seguidores em fervente antecipação. Têm um visual fora do comum e uma estética
Em forma de uma boa surpresa vem a atuação dos Imagine Dragons, por volta das 20h50, no palco principal. Novas vítimas (ou orquestradores?) do fenómeno hit massivo de singles pouco ou nada intemporais, a banda norte-americana deu provas da sua competência e presença em palco, quando muitos esperavam fazer da sua presença razão para ir jantar. Os dois pontos de relevo: a voz possante de GAJO, capaz de encher o recinto com o seu registo grave e até quase autoritário, e a percussão insistente sob a qual se constrói um concerto de pop/rock acessível e chamativo. “Top of the World”, “Demons” e “Radioactive” são plenos exemplos de como uma banda consegue elevar a qualidade mediana dos seus temas ao vivo pondo-lhe apenas um pouco mais de “gás” e alma. Bem jogado. Quanto aos Elbow, custou-nos não poder assistir a mais do que trouxeram a Lisboa, até porque parecia que Guy Garvey e companhia se estavam a divertir. O coletivo trouxe The Take Off and Landing of Everything, saído no presente ano, na bagageira, mas não faltaram também temas do célebre The Seldom Seen Kid (2008), numa das muitas pontes ao Reino Unido feitas por esta edição do NOS Alive.
A noite arrefecia quando os Interpol entraram em palco, para brindar aquele que foi, possivelmente, o pior público do Alive para uma banda de portento semelhante (enorme). Se se pode argumentar inconsistência na composição do cartaz deste primeiro dia, uma vez que os nova-iorquinos constituíam uma mudança bastante anti-climática de Imagine Dragons para Arctic Monkeys, não há maneira como desculpar a postura passiva e até desrespeitosa de quem esperava à frente do Palco NOS por mais – chegando ao ponto de estarem sentados no chão a ouvir outras bandas. Nada disto demoveu Paul Banks e companhia de darem um concerto excelente, com um alinhamento de luxo, constituído por temas como “Evil”, “Not Even Jail” e “Leif Erikson” – belas e arrepiantes em doses iguais. Os Interpol trouxeram também temas novos, do aguardado El Pintor, quinto registo a sair sob o seu nome, como “My Desire” e “All The Rage Back Home”. Pena que tenha sido não necessariamente para quem os queria ouvir.
Se há algo que os Arctic Monkeys querem deixar claro, é que os miúdos de Sheffield já há muito deixaram a Inglaterra. O concerto mais esperado do primeiro dia durou cerca de duas horas e arrancou com “Do I Wanna Know?”, um dos singles do recentemente editado AM, que contou logo com a correria para o palco principal às primeiras notas do lânguido riff de guitarra que a inicia. De facto, AM foi presença constante durante todo o alinhamento, com temas como “Arabella”, “Why’d You Only Call Me When You’re High?” e “R U Mine?” a fazerem as delícias dos fanáticos das filas fronteiras, e isso nada surpreende, uma vez que foi o álbum que os catapultou para o estatuto de banda de cabeça de cartaz. No entanto, confessamos que temos alguma saudade da energia imparável da banda inglesa, da pujança e da atitude irreverente que caraterizava Alex Turner e os seus companheiros - que contrasta bem com a imagem que transmitem hoje, de homens bem graúdos sem tempo para essas brincadeiras. Não falta a belíssima “505” nem “Fluorescent Adolescent” ou mesmo “Dancing Shoes” no NOS Alive, mas já quase que parece errado ver esta banda a pegar em material de uma época tão desfasada, e estes grandes êxitos foram empunhados com o entusiasmo de alguém que já viu tudo e não tem muito mais para dar. Celebra-se, assim, um coletivo de músicos que transformou a sua sonoridade de forma eficaz e que tem agora material grandioso o suficiente para encher arenas. Lamenta-se, no entanto, que o pé figurativo nunca esteja mesmo no pedal – evidenciado por uma performance algo morta, que ficou atrás da dada no ano passado em terras lusas.
Quem queria um escape ao rock coqueluche dos Arctic Monkeys tinha em Kelis uma boa opção, tal como em Jamie XX, logo a seguir, no Palco NOS Clubbing, para dar uns pezinhos de dança. Muitas opções, como sempre, neste festival.
Dia 2 – 11 de Julho
O segundo dia do NOS Alive abriu com a atuação de Allen Stone, no entanto, o nosso foco estava virado para a Russian Red, no palco secundário.
Marcava o relógio as 18 horas e o palco Heineken era local de repetição de passadas invasões espanholas, não estivesse a madrilena Lourdes Hernández preste a entrar em palco. Russian Red, a cor do seu batom preferido, dá nome ao projecto que destaca a veia singer-songwriter conjugada a um lado sonhador e romântico. Com um alinhamento centrado no mais recente álbum Agent Cooper, Lourdes não perde tempo em revisitar e contrabalança-lo com Fuerteventura, o álbum que pôs Russian Red nos grandes palcos. De uma simpatia contagiante e visivelmente feliz por estar em Lisboa pela primeira vez (recordando que actuou no Porto em 2012 pela primeira vez), Lourdes proporcionou um magnífico arranque ao segundo dia de festival que estava longe de se comparar ao anterior.
Já há muito que não víamos estes em palcos nacionais – os The Vicious Five voltaram à carga e apresentaram um energético e explosivo concerto que soube a pouco. Adormecidos desde 2009, o projeto de Joaquim Albergaria volta para dar um último cheirinho do seu punk simultaneamente irreverente e divertido. Em veia semelhante, The Last Internationale pretenderam inundar o público português com proto punk explosivo e assim o conseguiram. Um óptimo e grande concerto que até deu espaço a uma versão de “Grândola Vila Morena”, presumivelmente devido ao terem n seu plantel Edgey Pires, baixista português, e a protestos contra Pedro Passos Coelho.
2008 foi o ano em que MGMT, Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser, estrearam-se nos palcos portugueses, neste mesmo festival em que estavam a atuar seis anos depois, ainda no palco metro. Agora com um lugar de quase cabeças-de-cartaz, a nossa pergunta é a seguinte: o que se passou com os MGMT?
A resposta é simples: estagnaram. Com o brilhante Oracular Spectacular a catapulta-los para o estrelato, onde “Kids” infectou tudo o que era meio de comunicação e chegou a um público completamente oposto ao idílico, como se pôde provar com os guinchos estridentes ao ouvir os primeiros sintetizadores e uma total apatia assim que VanWyngarden profere qualquer tipo de letras.
Os MGMT tiveram um sucesso precoce que agora os assombra. “Congratulations”, do álbum com o respectivo nome, a abrir o alinhamento, só deu motivos aos que estavam presentes para ouvir “aquela” para perpetuar actos de indiferença como falar alto e tirar fotografias com os seus telefones topo de gama. Porém, são canções como “Flash Delirium” ou “Electric Feel” e o pôr do sol contagiante que fazem o concerto valer um pouco que seja, pois se disser que foi bom em todos os aspectos, estaria a mentir.
Sam Smith pode ser um dos nomes mais badalados do panorama internacional, mas ninguém esperava que tivesse o Palco Heineken a abarrotar para o presenciar, com muitos interessados a ver de posições de vantagem da zona de restauração. O singer/songwriter de alma jovem (tem apenas 22 anos), mas todo o soul na sua voz, tornou-se conhecido após ter colaborado com Disclosure no tema “Latch” há cerca de dois anos, lançando o seu álbum de estreia In the Lonely Hour um ano depois. Dele, decerto conhecem “Money On My Mind” e “Stay With Me” – ambas levaram o público português ao rubro, tal como “Do I Wanna Know?”, originalmente dos Arctic Monkeys. No fim, Sam Smith não se pode queixar da recepção lusitana, estando visivelmente agradecido pela mesma.
Apesar de Turn Blue ter saído no passado mês de Maio, ainda é El Camino de 2011 que está mais presente, não tivesse sido “Lonely Boy” um sucesso mundial, tendo esta sido a canção mais celebrada e dançada no final do concerto dos The Black Keys. Dan Auerbach e Patrick Carney já têm uma vasta bagagem de oito álbuns desde os seus primeiros passos nestas andanças. Foi com Brother de 2010 que colocou os The Black Keys enquanto mestres da guitarra, dos blues e das letras atiradiças e com duplo sentido e ao vivo movem desde miúdos e principalmente graúdos. “Dead and Gone” abre o alinhamento e rapidamente é despedaçado por “Next Girl”, colmatando com a incrível “Gold On The Ceiling” mantendo sempre o contrabalançar dos três últimos álbuns e umas nuances de Attack & Release de 2008, como o caso de “Same Old Thing” e “I Got Mine” já no encore.
A fórmula, no entanto, é a mesma ao longo de todo o concerto: coerente, precisa, intensa e não são precisas mais que duas pessoas para dar um concerto digno de um cabeça-de-cartaz. Se os The Black Keys têm o peso que têm na indústria é porque certamente sabem o que estão a fazer e a prova disso é um quase Pavilhão Atlântico (pré-MEO Arena) esgotado e uma plateia efusiva em Algés.
Sempre adoráveis, as Au Revoir Simone, e neste dia não foi excepção. O trio de dream pop nova-iorquino, constituído por Erika Forster, Annie Hart e Heather D’Angelo, deu um concerto bem simpático para um público carinhoso, no Palco Heineken. Estas trazem ao público português o esforço musical do ano passado, Move in Spectrums, que eleva a sonoridade das americanas a um pop repleto de sintetizadores, bem visível em termas como “Gravitron” e “Crazy”. Nada de inovador, nada que não tenhamos visto antes, com a passagem frequente das artistas por Portugal, mas constituindo um bom pedaço de noite para acalmar e se deixar embalar.
São quase dez anos de carreira e continuam a dar que falar. Os Buraka Som Sistema já viajaram pelo mundo para actuar nos maiores palcos do mundo com o título de um dos melhores projetos de música da atualidade made in Portugal. Com o privilégio e a dura tarefa de voltar a encher a frente do palco logo depois da debandada geral após The Black Keys, os Buraka Som Sistema focaram-se num alinhamento forte em hinos, não tivessem “Yah”, “(We Stay) Up All Night” ou Kalemba (Wegue Wegue) destruído as pistas de dança um pouco por todo o mundo. Ainda se ouviu um pouco de M.I.A. com Sound of Kuduro e nuances de Matangi com “Double Bubble Trouble” com Blaya a contagiar e a hipnotizar os presentes a abanar o esqueleto com as suas fortes capacidades de dança e... físicas, terminando em beleza o segundo dia no Palco Principal. Quem quisesse aproveitar outras opções, teve SBTRKT e Caribou no palco electrónico.
Dia 3 – 12 de Julho
O terceiro e último dia deu início com a atuação de Cass McCombs no Palco Heineken - o doce cantautor do folk mélico e suave apresentou-se de forma exímia, mas sem conseguir reunir mais que a atenção de festivaleiros sentados na plateia. Seguiu-se The Black Mamba, com a presença de Áurea, numa demonstração a meio gás de uma mescla de soul, rock e blues, que pouco fez para conquistar os muitos que se movimentavam no recinto largo do NOS Alive.
The War on Drugs, o coletivo de Philadelphia foi o verdadeiro primeiro ponto de interesse desta terceira etapa. Autores do fantástico Lost In The Dream, aquele que já é o terceiro álbum em algibeira, Adam Granduciel e companhia levaram a hoste numa viagem por algo semelhante à Route 66 - é de notar o efeito predominante que a cultura americana tem na sua sonoridade. Fazendo lembrar uns Wilco introspetivos e lânguidos, os War on Drugs focaram-se maioritariamente no novo esforço musical, apresentando temas como "Eyes to the Wind" e "Red Eyes" para um público atento e disponível para os celebrar.
Muito aguardada foi a presença de Bastille no palco principal por um conjunto de fãs femininas. A razão principal será o charme boyish do vocalista Dan Smith, que em jeito gentil e tímido consegue angariar considerável entusiasmo por parte dos festivaleiros. Fazem pop eletrónico e contagiante, que não brilha pela originalidade, mas pela sensibilidade, muito por causa de Dan Smith. Êxitos como "Bad Blood", "Things We Lost In The Fire" e covers de "No Scrubs" de TLC e "Rhythm of The Night", de Corona, tornaram a cerca de uma hora de concerto dos Bastille divertida e entertaining, como uma atuação de festival devia ser. Nota menos positiva para o equipamento e os técnicos de som do palco principal, uma vez que o som falhou repetidas vezes e precisamente no êxito por quem todos esperavam ("Pompeii"). Não houve festa no seu máximo, mas os Bastille foram eficazes no que fizeram.
Já caía a noite e optámos por ver os Unknown Mortal Orchestra em ação no palco secundário. O trio constituído por Ruban Nielson, Jake Portrait e Riley Geare empunha um garage rock com laivos de psicadelismo eficaz e deu um concerto interessante e energético. Os temas de II (2013) ganham vida em palco e entusiasmaram os transeuntes à procura de alternativa à pop pastilhada de Foster The People. Destaque para "So Good At Being In Trouble" e "Ffunny FFrends".
Não foi preciso nenhuma bola de cristal para adivinhar que o Palco NOS, por volta da atuação do cabeça de cartaz do último dia estaria muito longe de cheio, mas foi com alguma surpresa que verificámos que, para além da previsível presença dos britânicos nas filas fronteiras e do ocasional super fã luso, estava praticamente vazio. Contrastará, decerto, com aquilo ao que os The Libertines estarão habituados na Grã-Bretanha, onde são autênticos messias do brit rock pós 2000 e onde recentemente causaram o caos no concerto em Hyde Park. Pete Doherty, carismático vocalista, não será desconhecido por completo em terras lusas, tendo sido visita frequente há uns anos com Babyshambles e projetos a solo, no entanto, para muitos, os Libertines são uma nota no rodapé de um movimento musical que está praticamente enterrado.
Isto não significa que a banda inglesa tenha dado um mau concerto, longe disso. Apesar de conscientes da pouca adesão, Doherty e o seu companheiro Carl Barât passaram pelos melhores momentos da curta, mas interessante carreira dos britânicos. Entre eles contam-se "Can't Stand Me Now", "Don't Look Back Into The Sun" e a explosiva "I Get Along", provocando algum interesse e um moshe pequeno naqueles com pernas para assistir. Doherty parece feliz após um crescendo em entusiasmo por parte do público, e recusa-se a sair do palco, começando nos aguçantes acordes de "The Ha Ha Wall", já em recta final, e fica a impressão que, se tivesse havido outro público, outra disposição, a performance dos The Libertines tinha potencial para ter sido uma das melhores nesta edição do festival. Lamenta-se a oportunidade perdida, mas saluda-se o espírito para sempre jovem dos 'boys in the band'.
Para muitos o concerto do festival: o palco Heineken recebeu, por volta da 1:20, o australiano Chet Faker. Nicholas Murphy já teria passado por terras lusas no ano passado com o seu projecto de eletrónica, no entanto, desta vez foi igualmente bem recebido por parte de um público que bem o conhece. Depois de um EP celebrado pela crítica internacional (Thinking in Textures, de 2012), Chet Faker finalmente estreia em formato de LP com “Built On Glass” dois anos depois, álbum que traz em bagageira para expor. "Blush" e "Talk is Cheap" foram alguns dos temas tocadas, bem como uma versão melosa de "No Diggity", originalmente de Blackstreet.
A conquista do público foi total e o NOS Alive chegou ao fim num registo extremamente positivo. Para o ano há mais.
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Organização:EverythingisNew
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sábado, 20 dezembro 2014