Reportagem Sudoeste TMN 2012
1 de agosto - Receção ao Campista
Eis que o verão vai a meio, mas ainda há muito por aproveitar, exemplo disso é o Festival Sudoeste TMN, que se realizou de 1 a 5 de agosto. Nomes como Ben Harper, Martin Solveig, Jessie J, Eddie Vedder e até os portugueses Xutos & Pontapés marcaram presença na 16.ª edição deste festival que atraiu milhares até à Herdade da Casa Branca, situada perto da pacata vila da Zambujeira do Mar.
Comparativamente ao ano passado, o recinto apresentou algumas mudanças e a montanha russa, uma das grandes atrações do Festival em anos passados, já não faz parte do lote de diversões que normalmente estão disponíveis para os visitantes.
Depois das pequenas actuações no Palco Super Bock nos dias 28 a 31 de julho, a receção ao campista no dia 1 de agosto animou os poucos festivaleiros presentes no local. Pouco depois das 22h15, coube a Pete Tha Zouk a honra de inaugurar o Palco TMN. “Use Somebody” dos Kings Of Leon, “Paradise” dos Coldplay e “Somebody that I Used to Know” de Gotye foram algumas das músicas presentes no repertório do DJ, além das originais.
Já passava da meia-noite quando o cabeça de cartaz para o primeiro dia se apresentou em palco. O francês Martin Solveig deu mais de duas horas de música onde não faltou o conhecido single “Hello”. A animação pelo resto da noite foi assegurada por Afrojack, o DJ holandês que produziu “The Way We See the World”, hino oficial de outro famoso festival de verão, o Tomorrowland, que se realiza na Bélgica.
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2 de agosto
Depois de uma noite morna em termos de público, onde estiveram pouco mais de 20.000 pessoas presentes, espera-se mais afluência neste segundo dia do festival. Talvez devido à situação complicada que o país atravessa ou simplesmente por desinteresse no cartaz, a verdade é que em edições passadas estiveram presentes mais de 60.000 festivaleiros.
O britânico Ben Howard estreia-se em Portugal e foi logo notável o entusiamo geral no público, o que fez o artista ficar surpreendido, mas depressa deixou a timidez de lado e se entregou ao público numa actuação excelente. O sol ainda paira na Zambujeira e o artista desmancha-se em elogios e agradecimentos aos festivaleiros. Músicas como “Only Love”, “The Wolves” e “Keep Your Head Up” do primeiro e, até agora, único álbum de estúdio “Every Kingdom” não faltaram na setlist do artista. Fica a esperança que volte em breve. Pouco depois das 21 horas, Ramboiage apresentava-se no Palco Groovebox para um público inexistente, porque a grande maioria concentrava-se no Palco TMN à espera de Matisyahu que começou a sua actuação às 21h30. De cara lavada e novo visual, o artista americano foi identificado pelas suas músicas, uma vez que sem a barba que era característica habitual, muitos dos festivaleiros pensaram que se tratava de outro artista e chegaram mesmo a abandonar o palco.
“I’m glad to be back”: foi assim que Matthew Miller, conhecido como Matisyahu começou a interacção com o público para de seguida iniciar o concerto com “Crossrodes”. Seis anos depois da estreia em Portugal, o cantor veio apresentar o novo álbum “Spark Seeker”, marco da nova era que Matisyahu iniciou em 2011, ao causar nova polémica com a mudança radical de visual. O concerto contou com a actuação do novo single “Sunshine”, mas os mais conhecidos “Too Late”, “Shalom/Saalam e “One Day” não foram esquecidos.
Já perto das 22 horas, no palco Meo Reggae Box, Freddy Locks acabava a actuação com “Dancing & Flying”, enquanto no Palco Groovebox o duo brasileiro The Twelves animava os poucos curiosos que estavam por ali. Quase uma hora depois entram no Palco TMN os Fat Freddy’s Drop. Vindos do outro canto do mundo, o grupo com uma originalidade sonora única caracterizada pelos próprios como “hi-tek soul”, numa mistura perfeita que vai do casual jazz ao reggae, os Fat Freddy’s Drop trouxeram a animação de volta ao palco TMN, onde o popular single “Boondigga” foi um dos poucos pontos altos do concerto, apesar do constante empenho da banda.
É chegada a vez do americano Ben Harper actuar, não fosse ele cabeça de cartaz do segundo dia do Sudoeste TMN. Porém, se as expectativas estavam altas, depressa se esmoreceram. Aquela que era uma das actuações mais esperadas da noite, nem o dueto do artista com uma convidada “muito especial”, diga-se, Vanessa da Mata, salvou do tédio que caracterizou este concerto. Mal humorado ou não, a verdade é que Ben Harper recusou actuar um dos mais famosos singles, “Steal My Kisses” e nem o pedido insistente de alguns fãs o demoveu.
Segue a setlist do concerto: "Number", "Don’t Give Up", "Rock n’ Roll is Free", "Spilling Faith/ Get There", "Amen Omen", "Suzy Blue", "Atlantic City", "Diamonds", "All my Heart Can Take", "Mutt", "Lonely Day", "Wide Open Light", "Fly One Time", "Better Way", "Glory" e "Boa Sorte" (com Vanessa da Mata).
Em 2009, Marcelo D2 já tinha actuado no festival mas desta vez volta para encerrar o Palco TMN. Cerca de 26.000 pessoas, segundo números da organização, apresentaram-se hoje na Herdade da Casa Branca.
Tal como Fat Freddy’s Drop, Marcelo D2 não desistiu do público que se mostrava apático. Entre as actuações de “Eu já sabia”, música no novo trabalho do rapper, “Qual é?”, “Deixa Eu Falar (Desabafo)”, “Mantenha o Respeito”, “Vai Vendo”, até ao inteligente beatbox de Fernandinho com batidas de “Seven Nation Army” dos White Stripes, o último concerto da noite prometia acabar em grande.
Marcelo D2 ainda tinha alguns trunfos na manga e utilizou-os mesmo antes de acabar ao chamar algumas fãs ao palco para sambar. Pode-se mesmo arriscar que Marcelo D2 salvou a noite com o devido mérito. A partir das 4 horas, a festa seguia no Palco Groovebox com a dupla Rui Vargas e André Cascais.
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3 de agosto
Esta aí mais um dia de festival e com as portas a abrirem às 15 horas, já se vêem alguns fãs a correrem para as primeiras filas. Eddie Vedder é cabeça de cartaz, pelo que se espera um dia mais concorrido no Sudoeste TMN.
Hoje, no palco TMN inicia-se os concertos às 20 horas e é a Glen Hansard que cabe o privilégio de começar neste terceiro dia de festival. O músico irlandês actua sozinho, apenas na companhia da sua guitarra mas nem por isso deixa de dar um concerto espectacular. No seu folk rock, com influências de Leonard Cohen, Van Morrison e Bob Dylan, o artista vem a Portugal apresentar “Rhythm and Repose”, o seu primeiro álbum a solo, uma vez que fez parte, durante anos, do grupo irlandês The Frames e do duo The Swell Season. Num estilo bastante informal, o artista entrega-se ao público e dá os primeiros acordes na música “Say It To Me”, seguida da balada “Leave”. Enquanto está a atuar, o músico apercebe-se de um helicóptero a voar sobre os céus da Zambujeira e, em título de brincadeira, diz “Fuck off helicopter” e aponta a guitarra como se de uma espingarda se tratasse. O público entra na brincadeira e imita Glen Hansard, o que contribui para uma cumplicidade ainda maior entra o músico e os festivaleiros que assistem ao seu concerto. Segue-se “Low Rising” e um entusiasta “Obrigado”. Pode-se ver um misto de surpresa e felicidade na cara do artista quando, sensivelmente, a meio do concerto, o público vai-se compondo para assistir a um dueto entre Glen e Eddie Vedder. “In these arms” e “High Hope” foram também parte da setlist do músico que pode-se considerar uma pérola musical com pouca gente a saber apreciar esse facto. Cá esperamos Glen Hansard novamente em Portugal, num formato mais apropriado ao estilo musical do artista.
Entretanto, no Palco Groovebox, é a vez dos Best Youth. O duo português, que junta electrónica e indie rock, mostra uma óptima noção de ritmo e harmonia na EP Winterlies. Perto das 21 horas, apenas um fã os aguarda mas quando a banda começa a tocar, a música electrónica funciona como íman e o público vai-se acercando e rendendo à banda, que começou a dar os primeiros passos sendo um dos Talentos Fnac. Ouvem-se os acordes de “Wait For Me”, quando às 21h25 é hora de Richie Campbell, no Palco TMN, começar a sua actuação. Este ano tem sido recheado em concertos para o artista, que não ainda não parou neste Verão. Depois dos concertos no Sumol Summer Fest, em Junho, e na Expofacic, poucos dias antes da actuação no Sudoeste, Richie traz de novo a 911 Band e ainda uma convidada especial, Ikaya. Os dois artistas conheceram-se este ano, quando Richie Campbell estava na Jamaica em trabalho.
Com o novo álbum a sair entre Outubro/Novembro, o músico atraiu milhares de fãs ao Sudoeste e contagia todos os que ainda não conheciam o seu trabalho. Com uma entrada electrizante, o músico não pára um único segundo em palco. Termina a sua actuação com a tão famosa música “That’s How We Roll”, mas para quem ainda não teve o privilégio de assistir a Richie Campbell, pode ainda ir ao Azurara Festival, no dia 25 de agosto.
Voltando ao Palco Groovebox, Nicolas Jaar Live começou às 22 horas. Vindo de Nova Iorque, o já considerado prodígio da música eletrónica vem a Portugal promover o seu álbum de estreia "Space Is Only Noise". Cerca de 50 minutos depois, as atenções viram-se novamente para o Palco TMN. É notável a afluência de pessoas neste dia, contrariando o que se vira nos dias anteriores.
James Morrison volta a Portugal depois dos concertos nos Coliseus em março e, na bagagem, traz “The Awakening”, o novo álbum que tem conquistado milhares.
“You guys are fucking amazing” - é assim que o músico demonstra a sua felicidade perante mais de 32.000 pessoas presentes. Na setlist estavam êxitos dos três álbum do artista, tais como “Beautiful Life”, “Get To You”, “In my dreams”, “I Won't Let You Go”, “Broken Strings”, “Slave To the Music”, “Nothing Ever Hurt Like You” e “You Give Me Something”, que o público cantou em coro com Morrison. Cerca de uma hora depois, “A Wonderful World” marca o fim desta actuação espectacular e o artista despede-se com uma vénia ao público. Às 00h30, chega um dos concertos mais aguardados pelo público.
Eddie Vedder, dos Pearl Jam, apresenta-se a solo. Com o seu ukelele, chapéu de palha e blusão de ganga, Vedder parou o Festival durante a sua actuação. Em nenhum dos outros palcos estavam as bandas que deveriam estar a tocar em simultâneo, porque o músico queria que o público se concentrasse no Palco TMN. Numa actuação que teve direito a protesto contra o fecho de um Surf Camp na Ericeira, nada faltou: “I Am Mine” e “Better Man” dos Pearl Jam, um dueto com Glen Hansard, passando por “Hard Sun” até à última música “Keep on Surfing on The Free World”, que Vedder cantou com um fã, sem dúvida que os fãs não se podem queixar da dedicação do artista, depois de ter actuado mais de duas horas e meia. Até tiveram direito a ouvir Eddie Vedder a falar Português, ainda que estivesse a ler um discurso já escrito em papel.
Meia hora depois do previsto, é ao britânico Elliot John Gleave, conhecido como Example, que cabe encerrar a noite no Palco TMN.
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4 de agosto
Depois de um dia em que o recinto esteve bem composto, esperava-se que o vazio não voltasse à Herdade da Casa Branca. Quando os Calle 13 começaram às 19h45, pouco mais de uma centena de pessoas assistiam ao concerto de estreia da banda em Portugal. Os irmãos vindos de Porto Rico actuaram alguns dos maiores hits dos seus quatro álbuns: “Baile de los Pobres”, “No Hay Nadie Como Tú” e “Vamo' a Portarnos Mal”, música onde se viu Cabra, vocalista principal, a tirar a t-shirt, ficando em tronco nú, mas nem isso atraiu mais gente para o Palco TMN.
Este dia estava marcado para começar bem cedo e dez minutos depois dos Calle 13, Mary B começava no Palco Groovebox, numa actuação entediante, onde apenas cinco pessoas dançava ao ritmo das músicas que a DJ ia passando, sem nunca desviar o olhar da mesa de mistura. Já no Palco Meo Reggae Box, o projecto português Chapa Dux começava às 20h00. A banda de reggae/ska, oriunda de Sintra, teve a sua grande rampa de lançamento no Rock Rendez Worten Awards, em 2011, de onde saiu vencedora, e já actou no festival SWSX no Texas, nos Estados Unidos. A boa-disposição e o carisma musical do vocalista Di, assim como também dos restantes membros da banda, foram pontos a favor dos Chapa Dux que prometem marca posição forte no reggae português.
De volta ao palco Groovebox, perto das 21 horas, actuavam os Orelha Negra, nesta que era a segunda passagem da banda pelo Sudoeste, depois da estreia no festival em 2010. A banda composta por Sam The Kid, Fred Ferreira, João Gomes, Francisco Rebelo e DJ Cruzfader tinha um público bem numeroso a assistir ao concerto e aproveitou para apresentar os novos temas do segundo disco de estúdio, que chegou às lojas a meio do ano.
Em simultâneo, entravam os The Ting Tings no Palco TMN, depois de em 2009 já terem passado pelo festival Optimus Alive. O duo formado pela irreverente Katie White e pelo experiente Jules de Martino alcançou a fama com o álbum “We Started Nothing” e tenta conquistar com o mais recente trabalho “Sounds from Nowheresville”. Da setlist fizeram parte “Great DJ”, “Hang It Up”, “Give It Back”, “Guggenheim”, “Hit Me Down Sonny”, “We Walk”, “Fruit Machine”, “Shut Up And Let Me Go”, “Hands”, “Keep Your Head” e terminaram com o famoso single “That's Not My Name”.
O relógio marcava 22h50 quando os veteranos Xutos & Pontapés pisaram o Palco TMN. Há mais de 33 anos no activo, a banda de rock portuguesa atrai público de várias gerações e começa o concerto com os maiores êxitos do disco “Cerco”.
Durante todo o concerto, o público acompanhou em uníssono, neste que foi o concerto mais concorrido neste quarto dia de festival, seguido dos Orelha Negra. “A Casinha” foi a música que encerrou a actuação dos Xutos às 00h10.
Depois de um concerto menos bem-sucedido no Festival Paredes de Coura, no ano 2005, os The Roots eram os cabeças de cartaz neste penúltimo dia do Sudoeste TMN. Os americanos da neo soul, com mais de 25 anos de carreira, deram mais de uma hora e meia de concerto e não se esqueceram dos singles “The Next Movement”, “You Got Me” e “Proceed”, para um público não muito atento. Fica a esperança que a banda volte em nome próprio.
Num festival predominantemente marcado, este ano, pela música electrónica, a versão DJ dos Gorillaz, ou seja, os Gorillaz Sound System, no Palco TMN e Expander no palco Groovebox conduziram a festa até altas horas da madrugada.
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5 de agosto
O último dia do Festival Sudoeste TMN seria dedicado ao pop e rock, com nomes como The Vaccines, Jessie J e o DJ residente, David Guetta. Espera-se outro dia mais concorrido que ontem, pois assim que abriram as portas, às 15 horas, eram muitos os fãs que corriam na esperança de um lugar na primeira fila e, vinte minutos após as portas abrirem, perto de uma centena de fãs da britânica Jessie J estavam junto das grades, com cartazes e faixas de apoio à artista.
O palco TMN é o primeiro a dar início à última vaga de concertos, com a banda californiana Best Coast a estrear-se em Portugal. Trazem dois álbuns na bagagem, “Crazy For You” editado em 2010 e “The Only Place” lançado este ano. A vocalista ia soltando uns rápidos e tímidos “Thank you”, mas o público não estava ali para ver Best Coast. A postura apática da banda só mudou quando alguém levantou um cartaz que dizia “We love you, Best Coast”. Entre músicas dos dois álbuns, como “Last Year” ou “Summer Mood”, a sensação veranil que era esperada, estava bem apagada. Até o vestuário negro da banda dava uma impressão meio morta à actuação que durou apenas 45 minutos.
A próxima banda no Palco TMN, os The Vaccines, tinham uma dura tarefa em mãos: despertar o público que parecia adormecido. Não precisaram de fazer muito, apenas com a entrada da banda, o público reagiu e não deixou a banda ficar mal. “Teenage Icon” e “Post Break-Up Sex” foram as músicas que seguiram, depois de um sedutor “Good Evening” por parte do vocalista, sem se esquecer de agradecer por estar de volta a Portugal.
Já depois das 22 horas, o trio Two Door Cinema Club volta a Portugal, depois da estreia no Festival Paredes de Coura. Há quem estranhe o sucesso da banda, pela sonoridade parecida em várias músicas, mas continuam, cada vez mais, a marcar posição no mercado musical. Com um novo álbum quase a sair, “Beacon”, os Two Door Cinema Club começaram o concerto com os grandes singles de Tourist History, o álbum que os levou à fama. “Cigarettes in the Theatre”, “Undercover Martyn”, “This is The Life”, “Come Back Home” e “Sleep Alone”, do novo álbum, foram algumas das músicas na setlist da banda para este concerto, onde se viu toda a gente a acompanhar a banda no grande hit “I can talk”, música que fez parte dos anúncios publicitários do Sudoeste TMN, em 2011.
As espectativas estavam agora depositadas na artista britânica que era cabeça de cartaz do dia 5. Jessica Ellen Cornish, conhecida no mundo artístico como Jessie J, era a mais esperada por milhares que se deslocaram para assistir à estreia da cantora em Portugal. Muitos confundem-na com outros ícones da pop, como Katy Perry ou Lady Gaga, mas Jessie J veio mostrar o seu valor artístico. Já não tem a habitual franja que foi imagem de marca durante algum tempo, mas a essência está toda lá.
Antes mesmo da artista entrar em palco, ouviam-se os fãs a chamar pela cantora que, à hora marcada, apresenta-se palco de calção de ganga, top preto e casaco rosa, com “Do It Like a Dude”. Durante o concerto, foram várias as vezes que Jessie J brincou com público, estando estampada a felicidade pela recepção calorosa que o público fez quando entrou em palco. Sem nunca parar em palco, Jessie J quase chorou a cantar “Who You Are”, acompanhada pelos fãs. Mesmo perto do fim, a actuar “Domino”, a artista mandou a banda parar para chamar à atenção de alguns festivaleiros que se estavam a agredir, dizendo que ela não estava ali para fazer com que lutassem, mas sim para distribuir amor e sorrisos. E ainda avisou que estava de olho neles, caso voltassem a repetir. Se Jessie J já tinha levado toda a gente na Zambujeira a saltar em “Laserlight”, com a dupla actuação de “Domino”, o público estava ao rubro e queria que a actuação se prolongasse, mas fica a promessa para a próxima vez que a artista regresse a Portugal.
Segue a setlist do concerto: "Do It Like a Dude", "Who’s Laughing Now", "Rainbow", "Stand Up (Mix com One Love, One Heart)", "Climax" (do cantor Usher), "Never Too Much" (de Luther Vandcross), "Abracadabra", "Nobody’s Perfect", "Who You Are", "Price Tag", "Laserlight" e "Domino".
Já ninguém tem dúvidas do espectáculo que David Guetta proporciona, tanto a nível visual, com pirotecnia e confettis, como a nível musical. Mesmo sendo a quarta vez consecutiva que o DJ e produtor francês faz parte do cartaz do Sudoeste, sem contar as múltiplas passagens por Portugal a título próprio, ninguém fica parado quando Guetta começa a tocar. Na setlist estavam alguns dos originais como “Titanium”, “Sexy Bitch”, “Love is Gone”, “Without You” e também alguns remixes de “Fix You” dos Coldplay e “I gotta a feeling” dos Black Eyed Peas. A noite prometia, mas acabou cedo. Foi uma actuação mais curta que o ano passado, tendo em conta que este ano era Guetta que fechava os concertos no Palco TMN. Era Borgore e Andy C + MC GQ, no palco Groovebox, que estavam encarregues de animar os festivaleiros pela madrugada fora, num festival que foi marcado pela fraca afluência de pessoas.
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quarta-feira, 26 junho 2013